Economia

Área plantada com algodão recua no Brasil e pressiona produção

 Segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção do país na atual temporada será de 1,42 milhão de toneladas de algodão em pluma, contra 1,44 milhão de toneladas no levantamento de janeiro, uma queda de mais de 24 por cento ante 2011/12, quando o Brasil teve a sua segunda maior safra da história.
 
A queda constante na projeção de colheita é decorrência direta da menor área destinada à fibra, que está atualmente 30 por cento abaixo da safra passada.
 
"Os atuais níveis de preços de mercado das commodities concorrentes (milho e soja) são os principais fatores que fizeram os produtores a optar pela redução de área, com a consequente redução na produção de algodão no Brasil", disse a Conab, em nota.
 
Outros fatores que, segundo a Conab, tornam a cultura menos atrativa são a retração dos preços do algodão em pluma no Brasil e no exterior, no período em que antecedeu o plantio, e os altos custos de produção.
 
Só em Mato Grosso, principal Estado produtor, houve redução de 27 por cento na área com algodão, que passou para 537 mil hectares, antes os 726 mil hectares da safra passada.
 
"Naquele Estado a maioria dos cotonicultores optaram pelo plantio do algodão segunda safra, haja vista os altos volumes de chuvas verificados no período de semeadura do algodão primeira safra", disse a Conab.
 
A queda no volume produzido este ano só não será maior porque houve investimento em tecnologia aliado a condições climáticas favoráveis, melhorando a produtividade em 8,2 por cento, na média nacional.
 
Sobre o desenvolvimento das lavouras, os técnicos da Conab avaliaram que as chuvas registradas nas principais regiões produtoras vêm beneficiando a fase germinativa do algodão primeira safra, notadamente em Mato Grosso, onde o plantio está praticamente finalizado.
 
Numa análise da oferta total no país –somando estoques iniciais, produção e importações–, a Conab estima volume disponível de 1,967 milhão de toneladas para 12/13, enquanto o consumo será de 1,552 milhão, com a previsão de exportações em 665 mil toneladas.
 
A Conab avaliou que as indústrias poderão realizar compras no mercado externo de aproximadamente 60 mil toneladas de pluma, para suprir necessidades imediatas no primeiro semestre, período de entressafra.
 
A colheita em Goiás e na Bahia pode atrasar, já que "intempéries climáticas provocaram atraso no plantio", disse a companhia.

FONTE: PrimeiraHora | REUTERS

Redação

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