Na terceira rodada de manifestações contra o governo da presidente Dilma Rousseff – as primeiras aconteceram em março e abril desde ano –, ativistas se reúnem na tarde deste domingo (16) na avenida Paulista, na zona sul de São Paulo.
"Aqui ninguém é pé de mandioca. Nossa causa é amor", afirma Danilo Amaral, do movimento Acorda Brasil. Recentemente, o ex-advogado ficou conhecido por xingar o ex-ministro Alexandre Padilha em uma churrascaria no Jardins, bairro nobre da capital paulista. "Eu disse ao Padilha que ele e o PT fizeram a gente de otário pelo Mais Médicos. Eu não sou otário não", desabafa Amaral.
Desta vez, tudo parece ocorrer de acordo com o programado. Uma hora antes do protesto pelo impeachment da presidente, marcado para às 14h deste domingo, todos os caminhões de som de grupos contra o PT já se encontravam posicionados nos lugares previstos na avenida Paulista, diferente do que havia ocorrido no ato anterior, em abril. No total, são 10 veículos espalhados entre a rua Augusta e avenida Brigadeiro Luis Antônio.
Às 13h, a movimentação de manifestantes também já era grande ao longo do perímetro, especialmente entre o Masp e a rua Pamplona – concentrações, respectivamente, do movimento Brasil Livre e do Vem pra Rua. No entanto, devido ao horário e aos espaços ainda vazios, pedestres disputavam com ciclistas as pistas e ciclofaixas.
As pistas da avenida também foram todas obstruídas, inclusive as ruas que cruzam a via. Até às 12h, somente as pistas do sentido Consolação estavam bloqueadas, mas uma agressão a um motociclista, ocorrida em frente à Fundação Cásper Líbero, levou a Polícia Militar e a CET a providenciarem de imediato o fechamento do outro trecho.
Assim como nos dois protestos anteriores, a regra é camisa verde e amarela e faixa da mesma cor na cabeça. Bandeiras de dezenas de metros eram esticadas por manifestantes de idades variadas – muitas famílias com crianças pequenas e idosos, mas também um grande número de jovens casais e grupo de amigos, a maioria em clima festivo. Há também quem aproveitou a manifestação para tirar fotos com policiais militares.
Quem também está presente no local são os vendedores ambulantes, que aproveitam o ato para vender pipoca, água e cerveja, entre outras comidas, além de faixas e bandeiras. Já os comércios físicos estão de portas fechadas. Lugares apenas como o shopping Cidade São Paulo – que está cercado com grades – ainda funcionam para quem quiser entrar.
Fonte: iG