Luiza Brunet usou o seu Instagram para se pronunciar após perder uma ação que movia contra o ex Lírio Parisotto para ter o reconhecimento da união estável. No processo, a atriz pedia o reconhecimento da união estável. Os dois namoraram de 2012 a 2014 e depois de uma pausa, voltaram a se relacionar no começo de 2016. Meses depois, a atriz terminou o relacionamento e acusou o empresário de agressão.
"Bom dia! Nunca fugi do meu papel de pessoa pública. Foi assim desde que me lancei na moda, com minha biografia, as reportagens e redes sociais. Com todos os ônus e bônus que isso traz para a vida pessoal. E foi tornando pública uma parte triste da minha vida pessoal que me deu uma visão transformadora da minha própria trajetória. Ter sido agredida por um homem, ter tido a coragem de denunciar e ajudar mulheres no Brasil e no mundo a tomar esse tipo de iniciativa, me orgulha demais. E exigir meus direitos nesse processo é algo que não abro mão. Meus advogados vão recorrer da decisão do Tribunal de Justiça por não ter reconhecido a união estável com o empresário que me agrediu. A sentença não reflete as provas e eu continuo acreditando na justiça. E agradeço a manifestação de apoio de todos vocês, disse ela.
Procurado por QUEM, Pedro Fonseca Neto, o advogado da atriz, endossou as palavras de sua cliente por meio de uma nota. "A assessoria jurídica da atriz Luiza Brunet informa que vai recorrer da decisão do Tribunal de Justiça de não reconhecer a união estável da modelo com o empresário, Lírio Parisotto, condenado por agredi-la. E afirma que a sentença não reflete a prova dos autos. Acreditamos na Justiça e temos certeza que o Tribunal reformará a decisão."
O advogado do empresário, Celso Sanchez Vilardi, foi procurado por QUEM, mas ainda não passou um posicionamento de seu cliente sobre a decisão judicial.
Segundo o colunista Leo Dias, do jornal O Dia, Luiza ainda pede R$ 100 milhões ao empresário, que correspondem a metade dos bens ganhos por ele durante o período em que o casal ficou junto. Segundo a Forbes, Parisotto tem uma fortuna estimada em 1.43 bilhões de dólares.
A atriz revelou em 2016 ter sofrido uma série de agressões de seu então companheiro, o empresário Lírio Albino Parisotto, no apartamento dele, no Plaza Residence, em Nova York, Estados Unidos. De acordo com o colunista Ancelmo Góis do jornal O Globo, a modelo foi vítima violência doméstica no dia 21 de maio de 2016.
A agressão de Lírio, segundo Luiza, começou no restaurante onde eles estavam jantando com amigos. Ao ser perguntado se o casal iria a uma exposição de fotos, Lírio se exaltou. Disse que não iria porque da última vez ele foi confundido com o ex-marido de Luiza, Armando. Daí por diante, ele teria se descontrolado.
"Fui para Nova York acompanhá-lo para o evento Homem do Ano. Saímos do restaurante e pegamos um Uber. Ao chegar ao apartamento, ele me deixou dentro do carro e subiu", conta.
A atriz relatou que subiu logo depois e se sentou numa poltrona, onde os dois sempre fumavam e paravam para conversar. Lírio já estava de roupão e, segundo Luiza, partiu para cima dela, ofendendo-a verbalmente. Em seguida, deu um soco em seu olho, seguido de chutes.
Luiza contou que ele a derrubou no sofá e a imobilizou violentamente até quebrar quatro costelas dela. Ela só conseguiu se desvencilhar depois que ameaçou gritar pelo concierge. Então, trancou-se no quarto e só saiu de lá no dia seguinte, após ter certeza de que ele não estava no apartamento, e voltou ao Brasil:
"Eu sempre tive uma família estruturada e sempre fui discreta em minha vida pessoal. É doloroso aos 54 anos ter que me expor dessa maneira. Mas eu criei coragem, perdi o medo e a vergonha por causa da situação que nós, mulheres, vivemos no Brasil. É um desrespeito em relação à gente. O que mais nos inibe é a vergonha. Há mulheres com necessidade de ficar ao lado do agressor por questões econômicas, porque está acostumada ou mesmo por achar que a relação vai melhorar", disse.
Em junho do ano passado, Luiza celebrou a decisão do Tribunal de Justiça São Paulo de condenar seu ex-namorado Lírio Parisotto há um ano de prisão, em regime aberto, pela agressão feita contra ela no ano passado. A condenação pronunciada pela juíza Elaine Cristina Monteiro Cavalcanti determinava que Parisotto fique dois anos sob vigilância e cumpra serviço comunitário durante doze meses.