Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (8), a médica e professora universitária Natasha Slhessarenko (PSB) afirmou que recuou da disputa ao Senado para favorecer o projeto nacional do PSB. A médica recebeu um apelo do correligionário Geraldo Alckmin, que hoje está candidato a vice na chapa encabeçada por Lula na corrida à presidência da República, para aceitar a vaga de suplente na chapa do candidato ao Senado, Neri Geller (PP). No entanto, para se manter coerente ao partido no estado, que durante os últimos quatro anos esteve na base do governador Mauro Mendes (UB), preferiu retirar o projeto.
Estiveram presentes na coletiva o presidente estadual do PSB, deputado Max Russi, a ex-senadora e candidata a deputada federal Serys Slhessarenko, representantes de coletivos femininos de Mato Grosso, a candidata a deputada estadual Maysa Leão (Republicanos), o irmão de Natasha, Leonardo Slhessarenko e a filha Maria Eduarda Slhessarenko Barreto, além de amigas de infância da médica.
“Nossa candidatura ficou com apenas 21 segundos de programa eleitoral no rádio e na TV; com estrutura de campanha muito limitada. Ainda assim, estávamos dispostos a manter nossa candidatura independente, pedindo votos para o Senado e para a chapa Lula-Alckmin, já que o candidato a vice-presidente, Dr. Geraldo Alckmin é do PSB e me deu muita atenção durante a nossa caminhada. No entanto, na sexta-feira recebi um apelo do nosso vice, Dr. Geraldo Alckmin, para que aceitasse a suplência do Neri, porque assim eu estaria ajudando no projeto nacional partidário. Diante de tudo isso, e entendendo que devo ser partidária, com grande frustração decidi recuar do projeto da Senatória. Comuniquei ao Dr. Geraldo Alckmin que não seria empecilho para as pretensões do projeto nacional do partido”, disse.
Natasha lembra que muita gente defendeu que fosse feita a composição com a oposição depois que o governador Mauro Mendes escolheu ter no palanque apenas o candidato à reeleição Wellington Fagundes (PL). Além da suplência de Neri, foi oferecido o cargo de vice na chapa de Márcia Pinheiro (PV).
“Entretanto, não aceitei estas ofertas porque não estou em busca do poder a qualquer preço. Defendo a política com ética, com decência, com honestidade, com princípios, com retidão e lealdade. É assim que quero fazer minha caminhada na política, como sempre caminhei na minha vida toda. A minha maior tristeza é não poder oferecer à população mato-grossense meu nome como alternativa de voto no dia 2 de outubro, o dia da grande festa da democracia. Mas não poderia, por coerência, me aliar à oposição tendo o PSB na base do governo estadual”.
Em que pese não esteja mais na disputa pelo Senado, Natasha não abre mão de participar do pleito.
A médica fará campanha para as candidatas do PSB. “A partir de hoje entro de corpo e alma nas campanhas eleitorais das mulheres candidatas do PSB. Onde tiver uma mulher guerreira disputando a eleição estarei lá, nas reuniões, nos palanques, nas caminhadas de rua, onde for preciso”.
Natasha ressaltou que retoma suas atividades como médica pediatra e patologista clínica e como professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
A médica reforçou que a eleição deste ano é um marco para a defesa e o fortalecimento da democracia. “Como cidadãos e cidadãs temos que ficar atentos e vigilantes, pois não existe liberdade sem democracia”.