Nacional

Após ameaças, CTG que receberia casamento gay é incendiado no RS

 
Ninguém ficou ferido, mas o incêndio atingiu a parte interna da estrutura, justamente o palco, onde acontecerá o evento. A suspeita é de que tenha sido um ato criminoso. A celebração não foi cancelada. São 28 casais heterosexuais e um homoafetivo. O outro casal gay que participaria do casamento desistiu.O patrão do CTG, Gilberto Gisler, conhecido como Xepa, que também é vereador e presidente da Câmara Municipal de Livramento, já havia informado anteriormente que estava recebendo ameaças de incêndio criminoso no local. Chegou a anunciar reforço na segurança, o que não impediu o fogo.Se colocarem fogo lá, vamos saber quem foi", declarou ao G1 no fim de agosto.
 
A ideia de celebrar a união em um CTG foi sugerida pela diretora do Foro de Livramento, juíza Carine Labres. Na decisão, a magistrada observou que o casamento homoafetivo é um direito e que a cerimônia não tem o objetivo de "afrontar valores do tradicionalismo". A juíza ressaltou ainda que quem manifestar preconceito poderá responder criminalmente.O presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), Manoelito Savaris, diz que o local não é filiado ao MTG desde 2005. Ele foi desligado porque os integrantes da comunidade não seguiriam mais as regras do movimento.
 
"O MTG respeita o direito dos outros, das entidades. Mas não tem uma posição em relação ao fato, pois o CTG não é filiado ao MTG desde 2005. Caso isso acontecesse dentro de um CTG filiado, o Conselho do MTG, composto por 49 pessoas, iria se reunir para avaliar o assunto, a partir do Estatuto, Regulamento Geral, Código de Ética do MTG e Carta de Princípios", declarou.Também por meio de nota, a Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos do Rio Grande do Sul repudiou o que classificou como atitude homofóbica de um pequeno grupo de pessoas.Fica claro que a atitude configura-se em um crime de homofobia, pois havia um casal homossexual que participaria da cerimônia, diz o texto assinado pela a secretária da Pasta, Juçara Dutra Vieira e a coordenadora da Diversidade Sexual, Marina Reidel.
 
G1

Redação

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