Volkswagen já tinha sido a que mais vendeu no 1º semestre de 2016 (Foto: Tobias Schwarz/Reuters)
Apesar do escândalo das emissões que balançou a Volkswagen, a montadora alemã alcançou um recorde de vendas globais para o grupo, com 10,3 milhões de veículos em 2016. Os números devem colocar a companhia à frente da rival japonesa Toyota como maior fabricante mundial de automóveis, em termos de volume.
Os resultados da Toyota só serão divulgados em fevereiro, mas a fabricante japonesa informou no mês passado que esperava terminar em 2016 com 10,09 milhões de veículos vendidos, volume ligeiramente abaixo de uma previsão inicial de 10,11 milhões.
Em 2015, a Toyota manteve a "coroa" pelo quarto ano seguido, com 10,15 milhões de carros comercializados, somando números de outras marcas do grupo como a Lexus.
Os resultados da Volks incluem também as demais marcas do grupo, como Audi, Porsche e Lamborghini.
Executivo preso
As vendas da Volkswagen estão se provando resilientes apesar do escândalo de emissões de diesel que mergulhou a empresa em uma crise desde que ele veio à tona em setembro de 2015.
A montadora está negociando um acordo com o Departamento de Justiça e a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, que pode custar até 4 bilhões de dólares, para resolver investigações civis e criminais sobre o escândalo. Uma definição pode ser anunciada nesta quarta (11).
Na última segunda-feira (9), a empresa sofreu um novo revés quando um executivo foi preso acusado de conspiração para fraudar os EUA sobre as emissões de diesel. A empresa foi acusada de ocultar o assunto dos reguladores.
Vendas em dezembro
Apesar desses desafios, no entanto, a Volkswagen divulgou nesta terça-feira (10) fortes números para 2016.
As entregas de dezembro, incluindo as marcas de luxo Audi e Porsche, subiram para 933.300 veículos, contra 834.700 no ano anterior, com aumentos de dois dígitos na China e nos Estados Unidos, compensando as quedas na Alemanha e no Brasil.
As entregas em todo o ano subiram 3,8%, ante 9,93 milhões em 2015, disse a empresa.
Fonte: G1