As ofertas de faixas devem permitir a ampliação dos serviços de telecomunicações no país. De acordo com o superintendente de Planejamento e Regulação da agência, José Alexandre Bicalho, serão vendidos cerca de 5 mil pequenos pedaços dessas faixas, alguns que darão direito à prestação nacional de serviços de telecomunicações, outros restritos a algumas regiões do país.
700 MHz
No próximo dia 30 de setembro, a Anatel realiza o leilão que vai permitir a ampliação da oferta de banda larga 4G no país, na faixa de 700 MHz. O edital foi publicado no dia 21 de agosto e prevê arrecadação mínima de R$ 7,7 bilhões com a venda dos lotes.O 4G é sucessor do 3G, e a principal diferença entre eles está na velocidade da conexão, que pode ser 10 vezes mais rápida na quarta geração. O 4G também é chamado de banda larga móvel, por ter qualidade parecida com a maioria dos acessos domésticos. Enquanto a tecnologia 3G alcança velocidades de até 21 Mbps (megabits por segundo), o 4G pode chegar a 100 Mbps, sendo que a média de velocidade fica entre 50 Mbps. Isso significa que os usuários do 4G podem acessar mapas, carregar dados e imagens de forma quase instantânea.
Para ampliar a oferta dessa internet mais rápida, o governo vai vender "pedaços" ou lotes da frequência de 700 MHz para empresas. As frequências são como estradas. Cada serviço trafega em uma faixa. Alguns países, como os Estados Unidos, também decidiram usar essa frequência porque ela exige menor quantidade de antenas para cobertura de sinal. O 4G em funcionamento hoje no Brasil opera na faixa de frequência de 2,5 GHz.O setor de radiodifusão se diz preocupado com a possibilidade de interferência do 4G na recepção da TV digital em casa, já que a faixa que vai ser leiloada para o 4G é próxima da usada por este serviço, o que provoca interferências. Um pode invadir a faixa do outro.
G1