Em depoimento na audiência de instrução sobre o caso Bernardo que ocorre nesta quinta-feira (18) em Frederico Westphalen, no Norte do Rio Grande do Sul, o empresário Henrique Bossoni Quatrin disse que Edelvania Wirganovicz pagou R$ 6 mil da última parcela do pagamento do apartamento que adquiriu em notas de R$ 50 e R$ 100. O homem recebeu uma quantia total de R$ 12 mil para a compra do imóvel, avaliado em R$ 98 mil.
Segundo a investigação, Edelvania recebeu dinheiro da amiga Graciele Ugulini, madrasta da vítima, para participar do crime. Além das duas, o irmão de Edelvania, Evandro Wirganovicz, e o pai do menino, Leandro Boldrini, estão presos e são acusados de homicídio no caso.Ela pagou o apartamento em duas parcelas de R$ 6 mil. Eu havia dito isso na polícia porque no dia do depoimento não tinha total conhecimento de como foi o pagamento. Mas acessei os dados do nosso sistema e vi que foram duas. R$ 6 mil no final de 2013, em outubro, em depósito, e outros R$ 6 mil em abril. Esse último pagamento em espécie, em dinheiro, notas de 50 e 100, descreveu.
O corpo de Bernardo foi localizado no dia 14 de abril ano enterrado em um matagal na área rural de Frederico Westphalen, a cerca de 80 quilômetros de Três Passos, onde ele morava com a família. O menino estava desaparecido desde 4 de abril.Ao juiz Jairo Cardoso Soares, o empresário mudou o depoimento que deu à Polícia Civil em relação à quantia recebida e às datas do pagamento.Ela pediu para esticar um pouco o prazo. Mas em nenhum momento ela referiu se estava com dificuldade financeira, disse.O homem foi o terceiro a prestar depoimento. Na sequência, Leandro Assis Brondani, dono de uma agropecuária, relatou que explicou a Edelvania e Graciele o que as duas precisariam para abrir um buraco no chão. Em seguida, indicou onde elas poderiam comprar as ferramentas necessárias.
Naquele dia, não sei dizer bem quando foi a Edelvania perguntou como se faz para fazer um buraco e o que ela precisaria. Eu respondi e disse o que ela precisaria, as ferramentas. Aí perguntei o motivo do buraco. Ela só me disse que seria próximo a casa da sua mãe, recordou.Mais cedo, o sócio da ferragem onde Edelvania e outra mulher compraram uma pá e uma cavadeira disse que ela não quis registro da venda. Segundo as investigações, as ferramentas foram utilizadas para enterrar o garoto.
Ela [Edelvania] não quis o registro de venda. Não sei quem era a outra pessoa, mas quem comprou foi a Edelvania. Ela só pediu uma pá e uma cavadeira. Essa outra pessoa não entrou, não falou nada, ficou na porta, afirmou Hermes José Vendrusculo Scapin. A venda, segundo a testemunha, ocorreu entre o dia 1º e 4 de abril.O corpo de Bernardo foi localizado no dia 14 de abril ano enterrado em um matagal na área rural de Frederico Westphalen, a cerca de 80 quilômetros de Três Passos, onde ele morava com a família. O menino estava desaparecido desde 4 de abril.
G1