"Eu não precisava ir no médico, Niko (para saber que o implante não tinha funcionado). Foi um pequeno sangramento, não uma menstruação, mas eu tinha certeza que não tinha dado certo. Eu fiquei desesperada. Aí o Eron chegou e, naquele momento, a gente pensou em fazer isso por você".
Eron entra na história e reforça que ele e Amarilys fizeram tudo pensando em Niko, já que ele queria tanto o filho, mas o dono do restaurante japonês não engole a conversa: "Foi traição, sim! Quem cês pensam que são? Deuses? Deuses que podem manipular a vida de um simples mortal como eu?". O advogado afirma que só queria que Niko fosse feliz, mas o loiro logo corta o papo: " Feliz?? Eu descubro de uma vez só que o meu companheiro me traiu com a minha melhor amiga. E que o filho que pra mim é meu… é, meu, porque eu me senti grávido com você, Amarilys. Eu acompanhei essa gravidez desde o primeiro dia, comprei roupinhas… enfim, agora eu descubro que esse filho é de cês dois. E cês ainda dizem que fizeram isso por mim? Como é que eu não tou explodindo de felicidade!".
Amarilys, então, decide contar sua versão da história:
"Quando eu fui pra cama com o Eron, eu pensava que, se eu ficasse grávida, eu ia fingir que o filho não era meu, ia dar o meu filho pra você e ser uma espécie de madrinha. Mas então o menino nasceu. Ele tá aqui, é o Fabrício, um menino lindo, e eu descobri que era impossível ir embora e deixar o meu filho. Eu sou a mãe, Niko, cê não é capaz de entender um sentimento de mãe".
O empresário não aceita a "desculpa" da ex-amiga e diz que sente amor sim por Fabrício, mesmo que não possa ser chamado de mãe, já que é homem. A dermatologista não volta atrás, e garante que vai embora e que levará o menino com ela. Nessa momento, Amarilys apela para Eron e pede que ele vá embora também para que eles possam formar uma família.
Eron não entende bem, mas Niko interfere e diz que se a situação é verdadeira, o advogado pode ir porque ele não vai aguentar a situação:
"Não vai ter outra hora, Eron! Eu tou com o coração partido, quase não consigo falar, a minha garganta tá travada de tanta dor, mas eu não quero mais saber de você. Pode levar o Eron, Amarilys!".
A discussão fica ainda mais insustentável, Niko chama Amarilys de bruxa e diz que ela tramou tudo desde o momento em que pisou na casa dos dois. Eron tenta interceder, e acaba levando uma bofetada de Niko, que alerta a dermatologista que vai lutar até o fim pelo menino e argumenta que tem até os médicos no hospital a seu favor.
Com a situação impossível de se manter, Amarilys avisa que vai embora mesmo, mas levará Fabrício. Niko reage e diz que o menino fica e afirma que uma criança precisa de um berço, de um lar seguro.
Mesmo depois da discussão, Amarilys não desiste de fisgar Eron. Ela pergunta se o advogado não quer dormir com ela e fala mais uma vez que o ama. Mexido com o bate boca, ele pede um tempo e diz que se vira na sala.
No dia seguinte, Amarilys sai à procura de um lugar para ficar. Ela encontra um flat, que adora, mas precisa organizar toda a documentação a tempo. Para não perder o imóvel, ela pede ao porteiro do edifício para avisar a imobiliária: "Eu agradeço muito, adorei o flat. Eu preciso mudar imediatamente. Eu me viro no trânsito. Diz que eu chego em quinze, vinte minutos no máximo. Quero esse flat".
A dermatologista dirige em alta velocidade pelas ruas de São Paulo, corta um carro, corta outro e, ao tentar mais uma ultrapassagem, um ônibus entra na frente e ela bate e fica desacordada. Presa nas ferragens, Amarilys fica entre a vida e a morte.
Quando ela chega no hospital, o médico que recebe Amarilys no hospital confirma: "O estado é grave. O trauma foi todo localizado na região torácica e abdominal, com algumas feridas contusas… Aqui estão os últimos exames".
Extra Globo