Após ser alvo de um mandado de busca e apreensão na 16º fase da Operação Ararath, que investiga um suposto desvio de recursos públicos do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), o ex-presidente da Corte, José Carlos Novelli, divulgou uma nota, nesta quarta-feira (17), repudiando a determinação judicial, classificada por ele como ‘desnecessária’.
A ordem, expedida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), foi cumprida na fazenda do conselheiro afastado.
Documentos referentes ao período entre 2012 e 2015 foram coletados e passarão por análise para comprovar ou não se havia um esquema de corrupção para financiar campanhas eleitorais e enriquecimento ilícito.
O conselheiro afastado ressaltou que sempre atendeu todas as notificações nas quais fora instado e que apresentou todos os documentos e informações para colaborar com as investigações da Polícia Federal (PF).
O ex-presidente do TCE-MT disse ainda que é vítima de um processo sem resolução e de uma delação premiada sem provas concretas.
No comunicado, Novelli destacou que já foi alvo de uma operação similar, executada em 2017, e que, de lá para cá, não teve nenhum novo elemento que justificasse a expedição de um novo mandado.
Confira a nota na íntegra:
O conselheiro José Carlos Novelli repudia a medida de busca e apreensão realizada na manhã desta quarta-feira (17).
Desde o início das investigações, o conselheiro sempre atendeu adequadamente a todas as notificações nas quais foi instado a se manifestar e a apresentar documentos e informações.
A medida empreendida na data de hoje afigura-se totalmente desnecessária, uma vez que operação similar nessa investigação já foi executada em 2017, sem acréscimo de novos elementos.
O conselheiro reforça ainda que já são quase três anos de processo investigatório sem resolução e, mesmo com sua conduta colaborativa, ainda se vê vítima de um processo de delação premiada parcial, condenatório e vazio de provas.