Alto Paraguai, cidade distante 200 quilômetros ao médio-norte de Cuiabá, está com seu hospital municipal desativado há 20 anos. A prefeitura do município conseguiu, por meio de parceria em emendas parlamentares com os deputados Eduardo Botelho (presidente da Assembleia Legislativa) e o federal Fábio Garcia (ambos DEM) adquirir equipamentos hospitalares. A entrega aconteceu na sexta-feira (20), durante cerimônia realizada no posto de saúde do município. Lá, a promessa é que passe a funcionar uma Unidade Mista de Saúde.
Quando finalmente houver a reabertura do hospital, os cidadãos poderão contar com serviços de internação, centro cirúrgico e partos, uma das maiores reivindicações dos moradores, porque desde o fechamento do hospital há duas décadas não há registro de nascimento na cidade.
“É muito importante pra nós porque há 33 anos moro no assentamento Capão Verde II e acompanhei a tristeza que foi o fechamento do hospital. Antes, todas as mulheres tinham o filho aqui, mas depois não puderam mais. Agora, sei que meus netos irão nascer aqui na nossa cidade, uma grande conquista!”, afirmou a agricultora Neide Fernandes da Silva Domigues.
Secretário municipal de Saúde, Eduardo Gomes disse que há esforços para aprovar o projeto pela Vigilância Sanitária e que contam também com o apoio da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM). “Queremos tratar nossos pacientes em nossa unidade. Enquanto muitos municípios pensam em fechar unidades de saúde, nos empenhamos para reativar nosso hospital e melhorar o atendimento em Alto Paraguai”.
O deputado Eduardo Botelho anunciou outra emenda no valor de R$ 700 mil para a recuperação da pavimentação asfáltica. Segundo ele, haverá solicitação ao governo para a reforma da rodovia.A outra emenda, do deputado federal, chegou a um total de R$ 500 mil, sendo R$ 300 para compra de equipamentos e outros R$ 200 mil para "custear a saúde pública", segundo disse Fábio Garcia.
“É um sonho transformar o pronto atendimento em unidade mista de saúde. Essa parceria com os deputados é fundamental porque a receita de Alto Paraguai é muito pequena e vivemos de FPM e ICMS”, afirmou a prefeita Diane Alves (PSDB).