O diretor da Associação dos Produtores de Leite (Aproleite), Carlos Augusto Zanata, explica que os produtores ainda temem que este cenário otimista seja passageiro. "Não sabemos se esta alta é exclusiva, por exemplo, do período de seca". Conforme o Imea, somente de maio a setembro a valorização do preço do leite foi de 15,5%.
Ele revela que os investimentos no setor ocorridos atualmente são pontuais. Nesta condição, a pecuária de leite mato-grossense tem crescido cerca de 4% no ano, chegando a 6% nos último ano. "Sabemos que algumas indústrias do estado aumentaram em 30% a captação do leite", informa o representante do setor.
Zanata diz que a expectativa é de manutenção crescente dos preços. "Se alta no redimento continuar é possível que tenhamos no próximo ano investimentos em tecnologia, genética, nutrição e aquisição de novos animais". Ele revela ainda que o setor carece de mão-de-obra especializada, porque o produtor não tem muito tempo para se ausentar da propriedade afim de buscar qualificação.
Mato Grosso produz normalmente 1,5 milhão de litros de leite por dia. Com este volume, a captação anula é de 780 milhões de litros. No entanto, no período de seca a produção aumentou para 2 milhões de litros/dia. Cerca de 60% deste voluma são enviados para outros estados do Sul e Sudeste do país.
Fonte: G1