O evento, referência para o agronegócio no Centro-Oeste e Brasil, foi lançado por líderes rurais nesta terça-feira (18), na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato). A atual dimensão da problemática logística, velha conhecida da agricultura no coração do país, e caminhos para superá-la estarão destrinchados pelo Projeto Centro-Oeste Competitivo, cujo estudo será apresentado ao setor durante a Bienal. O diagnostico é fruto do trabalho do Fórum de Entidades do Setor Produtivo do Centro-Oeste.
A programação da Bienal contempla ainda a discussão e análise de outros temas estratégicos para a agricultura, como a mão de obra no campo, a sucessão em negócios familiares e a cobrança de royalties sobre a tecnologia empregada nas lavouras.
Conceituados palestrantes conduzirão os debates em workshops temáticos nos dois dias de evento. A organização espera um público de 1 mil pessoas, incluindo produtores rurais, pesquisadores e profissionais ligados à agricultura.
A Bienal – Na segunda edição regional, o evento retorna a seu Estado nascedouro, Mato Grosso, maior e consagrado como referência em vanguarda, debate e pulverização de conhecimento no setor agrícola brasileiro. Lançada pela Famato em 2005, a Bienal dos Negócios da Agricultura tinha originalmente projeção estadual, tendo sido realizadas três edições locais. O alcance ganhou novas proporções em 2011, com a adesão das federações parceiras de Mato Grosso do Sul (Famasul), Goiás (Faeg) e Distrito Federal (Fape-DF).
“É uma honra para o agricultor de Mato Grosso ser reconhecido não só pelo seu empreendedorismo e altos resultados na lavoura, mas também pelo debate qualificado de novos paradigmas, tecnologias e desafios do agronegócio no Brasil e no mundo. E a Bienal é o símbolo disso”, declara o presidente da Famato, Rui Prado, anfitrião do evento.
O vice-presidente da Faeg, Bartolomeu Barros Pereira, presente na cerimônia de lançamento, apontou a Bienal como plataforma de geração de conhecimento no campo e também de propagação das reivindicações do agronegócio brasileiro. “O evento mostra ao poder público e toda a sociedade a necessidade do país em investir no setor agrícola, mostrando gargalos na logística, na armazenagem e desafios de um setor que move a economia do Brasil e do mundo, gerandoemprego e renda. O mundo está de olho no Centro-Oeste e a Bienal é uma das vitrines de nossa região”.
Frete – Levantamento feito pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) revela que agricultores do Centro-Oeste gastaram R$ 974 milhões a mais em frete para o escoamento de soja, milho e algodão somente de janeiro a maio de 2013 em comparação com o mesmo período do ano passado. Mato Grosso responde sozinho por 85% desse total (R$ 826 milhões).
Cálculos do Imea apontam que com o valor excedente seria possível asfaltar 500 quilômetros de estradas. O instituto adverte que os custos serão ainda maiores ao final de todo o escoamento da safra vigente.
Bienal dos Negócios da Agricultura Brasil Central
8 e 9 de agosto de 2013
Cenarium Rural
Centro Político Administrativo – Cuiabá-MT
Fonte: Assessoria de Imprensa Bienal 2013
Foto: Assessoria