Economia

Aéreas remarcarão passagens após anúncio de greve

As principais empresas aéreas anunciaram que liberarão a remarcação de passagens e farão o reembolso integral de bilhetes, após o anúncio de paralisação dos aeroviários e aeronautas marcada para esta quarta-feira (3) em 12 aeroportos do país, a partir das 6h.

As paralisações estão previstas para os aeroportos de Santos Dumont e Galeão, no Rio, Guarulhos e Congonhas, em São Paulo, além de Brasília, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza e Campinas.

A TAM informou que os passageiros com voos domésticos agendados entre 6h e 18h ou voos internacionais entre 6h e 8h terão liberadas as taxas de remarcação e a diferença de tarifas para que antecipem seus voos ou posterguem sua viagem em até 15 dias a partir da data do voo original, mediante disponibilidade.

Aos passageiros com voos domésticos ou internacionais agendados entre 6h e 8h também está disponível o reembolso dos bilhetes, isento de multa.

O passageiro deve entrar em contato com a Central de Vendas (4002-5700 – capitais e 0300 570 5700 – todo o Brasil), ir a uma loja TAM nos aeroportos ou entrar em contato com a agência emissora de seu bilhete. Ultrapassada a data para remarcação e/ou fora das condições, o passageiro fica sujeito às condições normais de compra e utilização dos bilhetes.

A TAM esclarece que está tomando todas as ações possíveis para manter a segurança das suas operações.

A Gol também não cobrará taxas para remarcação de suas viagens e que concederá reembolso integral das passagens.

A empresa recomenda a clientes com viagens marcadas para esta quarta que entrem em contato com a Central de Atendimento, pelo telefone 0300 115 2121, para verificar a situação de seus voos. A companhia reforça que adotará todas as medidas para minimizar os possíveis impactos aos seus clientes.

O G1 também entrou em contato com a Azul e a Avianca e aguarda posicionamento das empresas.

Sindicato espera adesão de 70%
Os sindicatos dos aeroviários e dos aeronautas anunciaram paralisação em 12 aeroportos do país nesta quarta-feira (3), a partir das 6h. A greve incluios aeroviários, cujas atividades incluem check-in e despacho de bagagens, e os aeronautas, cuja categoria abrange pilotos e comissários de bordo.

Os trabalhadores pedem reajuste de 11%, para reposição da inflação no ano passado. Já as empresas do setor aéreo propõem que o aumento seja parcelado em duas vezes – 5,5% em fevereiro e 5,5% em junho, sem abranger o pagamento do valor retroativo à data-base da categoria, que é em 1º de dezembro.

Apenas as diárias nacionais, o vale-alimentação, vale-refeição e seguro de vida seriam reajustados de acordo com a índice da inflação e teriam a data-base respeitada, segundo o sindicato dos aeroviários.

Luiz da Rocha Cardoso Pará, presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), espera que a adesão dos trabalhadores do setor chegue a 70%.
O Sindicato Naciona dos Aeronautas prevê que cerca de 300 voos sejam afetados. A entidade não considera que devam ocorrer cancelamentos, mas apenas atrasos.

Os sindicatos avaliam fazer novas paralisações caso não cheguem a um acordo com as empresas.

Posicionamento das aéreas
O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) informou que nos últimos 10 anos, as companhias aéreas promoveram, automaticamente, o reajuste dos salários na data-base de dezembro pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e que ao final das negociações foi concedido reajuste acima da inflação apurada, representando ganho real.

De acordo com o SNEA, desde o início das negociações com as representações sindicais, seis propostas foram apresentadas, mas todas foram recusadas.

A entidade alega que, de acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), de 2011 a 2014 a aviação comercial acumula R$ 9,4 bilhões de prejuízo líquido. E de janeiro a setembro de 2015, o prejuízo já é de R$ 3,7 bilhões.

O SNEA ressaltou que as empresas aéreas estão tomando todas as medidas para preservar a viagem dos passageiros, não apenas nesta semana, mas também durante todo o Carnaval.

Fonte: G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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