O vereador Adevair Cabral (PSDB) disse que a denúncia contra ele de exploração sexual de menores é motivada por perseguição política. Hoje (5), o vereador usou a tribuna da Câmara de Cuiabá para se manifestar sobre a acusação e disse que o estopim foi o registro de boletim de ocorrência, na semana passada, contra o também vereador Abílio Junior (PSC), mas sem citar o nome do colega.
“Não quero atacar nenhum vereador nem meus inimigos que estão atacando minha honra, que estão atacando minha família e que tentam jogar meu nome na lama. Quero esclarecer que estou sendo vítima de uma grande perseguição política”.
Na semana passada veio a público uma investigação preliminar que a Delegacia da Mulher de Várzea Grande realizou, no início deste ano, a pedido do Ministério Público do Estado (MPE). O procedimento partiu de uma denúncia anônima sobre aliciamento e exploração de menores via a Associação dos Servidores Públicos Municipal e Câmara Municipal (ASPE), presidida por ele.
O vereador disse hoje, em choro, que seus opositores planejaram a denúncia por identificar ligação de seu nome com investigações sobre corrupção pública.
“Como não há nada que pese contra mim nesse sentido, estão expondo de maneira covarde e mentirosa minha vida pessoal e de minha família. O que me pesou foi a denúncia contra menores. Que crime eu cometi?”
Além da denúncia de exploração de menores, Adevair também foi denunciado por assédio sexual a uma servidora da Secretaria de Saúde de Cuiabá.
Em fevereiro deste ano, o Ministério Público pediu que a Delegacia da Mulher de Várzea Grande fizesse uma investigação preliminar sobre o caso. Conforme a PJC (Polícia Judiciária Civil), o fato acontecia na Associação dos Servidores Públicos Municipal e Câmara Municipal (ASPE) em Várzea Grande, entidade presidida pelo parlamentar.
Ainda em fevereiro uma equipe da Delegacia da Mulher foi à associação ouvir “diversas testemunhas” que não confirmaram a denúncia. O local é um clube frequentado por servidores associados e seus familiares, onde são realizados eventos como festas de casamento, formaturas e aniversários.
O procedimento foi concluído pela Delegacia da Mulher sem a comprovação da denúncia contra o vereador e resultado foi remetido ao Ministério Público no dia 13 de março. O Ministério Público informou que recebeu denúncia anônima via ouvidoria e requisitou investigações preliminares à Polícia Civil.
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