Economia

Ações da Petrobras caem após reajuste da gasolina; prejuízo chega a R$ 28 bi

Após a decisão polêmica que a Petrobras tomou ao reajustar o preço dos combustíveis, as ações da estatal caíram mais de 7% no pregão da sexta-feira (17), uma perda de quase R$ 28 bilhões em seu valor de mercado.

Entre as principais causas apontadas até agora, está o impacto que os investidores sentem com a pressão que o governo está colocando sobre a Petrobras, por conta do mais recente aumento nos preços.

A queda da Petrobras também impactou o mercado de ações. O Ibovespa , principal índice de ações da bolsa de valores de São Paulo, a B3, fechou em forte queda na sexta-feira (17), perdendo o patamar dos 100 mil pontos pela primeira vez desde novembro de 2020.

Petrobras enfrenta embate com o Governo

Em rede social na sexta-feira (17), o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que “a Petrobras pode mergulhar o Brasil num caos”, e relembrou a greve dos caminhoneiros de 2018, que parou o Brasil. No mesmo dia, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), pediu a renúncia imediata do presidente da estatal, José Mauro Ferreira Coelho.

Já no sábado (18), o presidente fez mais uma declaração polêmica contra a Petrobras, desta vez, voltando ao assunto de uma possível Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) envolvendo os líderes da estatal.

“Na última 6ª feira, infelizmente, com o anúncio do aumento dos combustíveis… A Petrobras perdeu no seu valor R$ 30 bilhões. Acredito que na 2ª feira, com a CPI, vai perder outros R$ 30 bilhões. Eles não pensam no Brasil”, disse Bolsonaro em evento evangélico no Amazonas.

A ideia de instaurar uma CPI para apurar a gestão da Petrobras foi endossada pela oposição, que acredita que a comissão pode revelar informações sobre a ingerência do Planalto sobre os combustíveis.

Mas, até mesmo essa questão enfrenta divergência no governo. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta segunda-feira (20) que não “antevê” suspeita de prática criminosa para uma CPI da Petrobras.

“Não tem dicotomia Petrobras versus União. Precisamos buscar a estabilização. Tem lucro desmedido? Então vamos reverter – claro, sem atingir os acionistas minoritários – mas vamos reverter para ajudar quem precisa. Estabilidade em primeiro lugar. Podemos encontrar mecanismos mais efetivos no legislativo do que a CPI”, avalia Pacheco.

 

Redação

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