O Palazzo Giustiniani em Roma foi sede histórica do Grande Oriente da Itália de 1901 até 1991, quando houve a mudança para a Villa Medici del Vascello, uma antiga mansão nobre cercada de muito verde com um parque de carvalhos, palmeiras, magnólias e várias outras espécies da flora do Lácio. Mesmo com a mudança, no Palazzo Giustiniani, um austero e disputado edifício borrominiano, permaneceu o Sancta Sanctorum, ou seja, o principal templo do Grande Oriente e cinco outros templos menores.
No local palaciano estão a sala dos passos perdidos, os locais de trabalho das oficinas com a entrada localizada a oeste, onde se encontra no teto a abóbada azul repleto de constelações, o piso xadrez preto e branco chamado de pavimento mosaico e o o trono do grão-mestre é dominado por um dossel de tecido azul com franjas douradas. Ainda há as estátuas de Hércules, Vênus e Minerva ao lado das três lâmpadas vivas e dos três nós de amor que simbolizam força, beleza e sabedoria.
O Senado reclamava para si há anos os quatro andares do Palazzo Giustiniani, então ocupados pelo Grande Oriente e chamado de “Vaticano verde” ou “Vaticano dos 33”. Mas um acordo pôs fim a disputa, sendo destinados três andares ao Senado, preservando-se o primeiro andar ao Grande Oriente da Itália, cujos obreiros são chamados de “irmãos do Lácio”, onde se pretendeu montar uma exposição permanente da história da Maçonaria, com o templo principal mantido em seus ritos esotéricos.
A Villa Medici del Vascello, por sua vez, situa-se na área mais nobre do Gianicolo e o Grande Oriente da Itália a comprou. A verdadeira razão pela qual essa nova sede foi comprada, segundo fontes colhidas nas autoridades maçônicas italianas, reside no fato de que a villa foi a sede de Garibaldi, primeiro grão-mestre, durante o cerco dos franceses, e onde o último ato da República Romana foi consumado.