Economia

À beira da falência, Dolly pede recuperação judicial

São Paulo – A Dolly Refrigerantes do Brasil entrou com um pedido de recuperação judicial, alegando estar à beira da falência.

O processo foi aberto pelas donas da marca de refrigerantes, Dettal – Part, Brabeb – Brasil Bebidas Eirelli e Empare – Empresa Paulista de Refrigerantes Ltda.

A empresa é acusada de sonegar 4 bilhões de reais em impostos. Com as contas congeladas, a companhia afirmou para a Folha de S.Paulo que está tendo dificuldades para pagar funcionários, fornecedores e impostos.

O pedido vem depois de uma série de infortúnios passados pela companhia no último ano, da investigação por sonegação bilionária de impostos, a prisão do dono da companhia e fechamento de uma das fábricas.

Suspeita de fraude e sonegação de impostos
A companhia começou a desmoronar em dezembro do ano passado, quando a fabricante de refrigerantes começou a ser investigada por sonegação de impostos.

Segundo comunicado da Secretaria da Fazenda, as empresas do grupo deixaram de responder a inúmeros comunicados. Por isso, a fábrica da empresa chegou a ser fechada apor alguns dias. Na época, o grupo pagou R$ 33 milhões em débitos declarados de ICMS e reabriu a fábrica.

Em maio deste ano, o dono da empresa, Laerte Codonho, foi preso sob suspeita de fraude fiscal continuada e estruturada, sonegação, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A estimativa é de que o dinheiro desviado na fraude chegue a 4 bilhões de reais.

Ao ser levado ao Distrito Policial, o empresário exibiu uma folha de papel na qual se podia ler a frase: “preso pela Coca-Cola”. Depois de oito dias, ele foi solto junto com o ex-gerente financeiro da Dolly, César Requena Mazzi, preso na mesma operação.

O Ministério Público, que conduz a investigação do desvio, informou que a Polícia Militar confiscou helicópteros supostamente adquiridos pela Dolly com recursos provenientes da fraude. Também foram apreendidos treze veículos de luxo. As autoridades justificaram a prisão para evitar a destruição de provas.

A empresa alega que a prisão foi injusta e que “Laerte Codonho sempre colaborou com as autoridades, e tem certeza que provará sua inocência”.

Na semana passada, ela fechou uma de suas três fábricas, em Tatuí, interior de São Paulo. A unidade empregava 700 funcionários, de um total de 2 mil trabalhadores, que foram demitidos.

Redação

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