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Justiça chegou a proibir atirador de chacina de ver filho em 2013

Sidnei atirou na ex-mulher e no filho, e depois se matou, em Campinas (Foto: Reprodução / Facebook)

O atirador da chacina que matou 12 pessoas e se suicidou em Campinas (SP) no révellion chegou a ficar proibido pela Justiça de visitar o filho temporariamente, segundo Luciana Helena de Castro, advogada da ex-mulher dele. A decisão ocorreu durante o andamento de um processo em 2013 que apurava uma denúncia de abusos do pai contra a criança.

A restrição total de contato entre pai e filho ocorreu por força de uma liminar que foi emitida até que o processo fosse concluído, de acordo com informações obtidas pela EPTV, afiliada TV Globo. A advogada, que está em férias e longe do processo, não afirmou quanto tempo ele ficou sem ver a criança.

Ainda em 2013, cerca de oito meses depois do abertura do processo, de acordo com a advogada, os psicológos não atestaram o abuso, mas sim "comportamento inadequado". Com isso, a decisão final da Justiça foi de determinar visitas assistidas com a presença da mãe somente em domingos alternados das 9h às 12h.

A defensora disse ainda que a cliente havia feito boletins de ocorrência contra o atirador por perseguição.

Investigação
A Polícia Civil de Campinas (SP) informou nesta segunda-feira (2) o conteúdo do áudio deixado pelo atirador em um gravador ainda irá passar por perícia. O aparelho foi encontrado no carro dele, junto com o celular e a senha para desbloquear o dispositivo.

Segundo informações do boletim de ocorrência, no áudio o técnico de laboratório Sidnei Ramis de Araujo pedia desculpa por algo que ia acontecer, mas não falava dos planos e nem de desentendimentos com a ex-mulher.

Além disso, a Polícia Civil afirmou que não recebeu uma suposta carta escrita pelo atirador e divulgada pela imprensa.

Testemunhas
A polícia disse ainda que as testemunhas estão sendo ouvidas para auxiliar no trabalho de apuração, mas que o processo é demorado porque elas estão muito abaladas com a tragédia.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o caso segue em investigação no inquérito policial instaurado no 3º Distrito Policial de Campinas, com apoio do Setor de Homicídios da cidade.

O material apreendido será periciado pelo Instituto de Criminalística (IC), no entanto, a instituição informou que não havia recebido nada até esta segunda.
O IC disse ainda que na terça-feira deve ser feita uma nova perícia no local para confrontar as informações sobre onde cada vítima foi encontrada.

Assassinatos no réveillon
As 12 vítimas estavam comemorando a virada do ano em uma casa em Campinas quando Sidnei Ramis de Araujo, de 46 anos, invadiu o local atirando.
Os disparos atingiram 15 pessoas, sendo que 11 moreram na hora, uma morreu a caminho do hospital e três ficaram feridas e estão fora de perigo.

Dois adolescentes e uma mulher com uma bebê de colo conseguiram escapar dos disparos.

O motivo da chacina tem relação com uma briga entre ele e a ex-mulher, Isamara Filier, de 41 anos, pela guarda do filho de 8 anos. Sidnei foi armado com dois carregadores e também tinha 10 artefatos – supostos explosivos – presos ao corpo. Após atirar na ex-mulher e no filho, Sidnei se matou. 

Fonte: G1

Redação

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