O governo de São Paulo decidiu congelar em R$ 3,80 o valor da tarifa do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trem Metropolitano) para 2017. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (30) pelo secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni.
"A questão da tarifa nós decidimos conjuntamente com os técnicos da Prefeitura que nós vamos manter a tarifa básica de R$ 3,80. Ela beneficia mais da metade dos usuários do Metrô", afirmou durante entrega de trem da Linha 7-Rubi.
Já o valor das integrações deverá sofrer reajuste. Os valores devem ser anunciados ainda nesta sexta pelo governo de São Paulo. O mesmo deve ocorrer em relação aos bilhetes temporais, caso do Mensal e do Semanal e do bilhete madrugador. Segundo Pelissioni, não haverá alterção no valor pago por estudantes que não têm acesso ao passe livre e tampouco corte na gratuidade da passagem de idosos com mais de 60 anos.
Com a medida, a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu seguir os passos do seu afilhado político, o prefeito eleito João Doria (PSDB), e não reajustar o valor das tarifas. Na quinta-feira (29), o governador havia dito que estava "raspando o fundo do tacho pra evitar reajuste".
Aumentos
O último aumento ocorreu no início deste ano quando as tarifas passaram de R$ 3,50 para R$ 3,80. Na mesma data, o valor da passagem dos ônibus foi reajustado.
A Prefeitura de São Paulo e o governo do estado têm tomado em conjunto decisões sobre os valores das tarifas dos ônibus municipais, trens e Metrô em conjunto nos últimos 5 anos. Os meios de transportes estão interligados pela integração do Bilhete Único e compartilham a receita arrecadada.
Ônibus
Promessa de campanha de João Doria, a manutenção das passagens dos ônibus em R$ 3,80 foi anunciada em outubro, um dia após ele vencer as eleições para a Prefeitura Municipal ainda no primeiro turno.
Desde então, o prefeito eleito estuda formas de minimizar o impacto da medida para os cofres municipais, já que os subsídios pagos às empresas de ônibus em 2016 para compensar gratuidades foram de cerca de R$ 2 bilhões. Apenas esse gasto representa mais de 3% de toda a arrecadação anual prevista para a cidade.
Uma das medidas que deverão ser adotadas pela prefeitura será interromper o passe livre para idosos entre 60 e 64 anos e que ainda não estejam aposentados. Doria defende que não faz sentido conceder esse benefício para munícipes nessa faixa de idade e que ainda são economicamente ativos. O benefício é obrigatório em todo o Brasil por legislação federal a partir dos 65 anos.
Fonte: G1