O melhor ano da carreira de Bruno Soares vai terminar em um lugar bastante familiar: dentro de um avião atravessando o Atlântico. Antes mesmo do réveillon, o tenista mineiro embarca nesta quinta-feira para dar início à segunda temporada ao lado do escocês Jamie Murray. Juntos, além de conquistar dois títulos de Grand Slam (Aberto da Austrália e US Open), eles foram eleitos a melhor dupla do mundo pela Associação dos Tenistas Profissionais (ATP).
Bruno e Jamie iniciam o novo ciclo na semana que vem, no ATP 250 de Doha, no Catar, antes de partir para a defesa dos títulos do ATP 250 de Sidney (8/1) e do Aberto da Austrália (16/1), em Melbourne. O mineiro teve apenas duas semanas de férias depois da disputa do ATP Finals, em Londres, e voltou a treinar em 5 de dezembro, em Belo Horizonte, sob o comando do técnico Hugo Daibert. Após o torneio londrino, os dois tenistas e o staff tiveram uma longa conversa para corrigir os erros e traçar as metas da pré-temporada, que fizeram separados – Jamie treinou na Inglaterra.
O principal objetivo dos dois é colher bons resultados mais constantes em 2017. Neste ano, eles venceram as três finais que disputaram, mas ficaram pelo caminho nos outros torneios. “Terminamos como a dupla número 1 do mundo, o objetivo é nos mantermos assim e termos mais consistência, chegar mais vezes às finais, principalmente nos Slams e Masters 1.000”, afirma Soares.
Para o mineiro, pesa a favor o fato de eles já se conhecerem, o que tira um pouco da expectativa para começar bem o ano. “No ano passado, viajei com aquela ansiedade, preocupado se a dupla daria certo e, logo no primeiro mês, decolamos, com dois títulos contra duplas experientes. Agora, já nos conhecemos e isso ajuda, uma vez que vamos precisar defender pontos importantes logo no primeiro mês do ano”, conta.
RANKING
Bruno e Jamie fecharam a temporada no topo do ranking de duplas, com 7.850 pontos – apenas 25 de vantagem sobre os franceses Pierre-Hugues Herbert e Nicolas Mahut. Bruno também igualou o melhor ranking de duplistas na carreira, terminando o ano em terceiro lugar, atrás justamente dos franceses. De seus 7.760 pontos, ele defende 2.250 nos dois torneios em solo australiano.
Outro mineiro, Marcelo Melo terminou na oitava colocação. Em 2017, depois de longa parceria com o croata Ivan Dodig, Melo vai jogar ao lado do polonês Lukasz Kubot, com quem chegou a disputar alguns torneios nas últimas temporadas. Juntos, eles ganharam as duas últimas edições do ATP 500 de Viena. Com Dodig, que vai se dedicar à carreira de simples, o Girafa, como é conhecido, venceu os Masters de Cincinnati e Toronto, no segundo semestre.
Fonte: SuperEsportes