Nos últimos anos a família do piloto Ayrton Senna recebeu várias propostas de estúdios para contar a vida do piloto em um longa-metragem. A primeira foi em 1997, e tinha à frente do projeto o ator espanhol Antonio Banderas. A última investida ocorreu em 2013.
Motivo: os dois baseavam a trama não só em biografias de Senna, mas também em relatos pessoais e no livro de Adriane Galisteu, “O Caminho das Borboletas”, lançado em 1994, apenas seis meses após a morte dele, em acidente em Ímola, Itália.
A ideia era contar a história do tricampeão de Fórmula 1 abordando não só sua paixão pelas pistas, mas também por Galisteu, cuja intérprete teria um duplo papel central na história –seria a “mocinha” que encantou o coração do destemido Senna, e também a narradora da história.
O fato é que irmãos e pais do piloto nunca consideraram Galisteu nem de longe como o “grande amor da vida” de Senna, o que o livro da apresentadora enfatiza.
Para os Senna, Adriane agiu de forma oportunista ao lançar o livro com seu próprio relato sobre o namoro, além de tratar a si mesma como a maior paixão na vida do piloto, o que a família nega.
Procurado, o Instituto Ayrton Senna não quis comentar o assunto, mas a família sempre negou que tivesse algo contra ou algum tipo de ressentimento contra a apresentadora.
Reiterou apenas que negociou com a Warner, mas que as conversas terminaram no ano retrasado; o Instituto não comenta os motivos que levaram ao fim das negociações com o estúdio.
No documentário sobre o piloto lançado em 2010, feito com aval e sob supervisão da família –parceria entre Universal e ESPN Filmes–, Galisteu já aparecia por poucos segundos, e teve ao menos um depoimento cortado da versão final.
Conforme esta coluna revelou no mês passado com exclusividade, um filme autorizado pela família deverá ser lançado em 2019, quando se completam 25 anos da morte de Ayrton Senna da Silva.
Fonte: UOL