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Combate ao Aedes aegypti deve ser intensificado durante o verão

Período mais chuvoso do ano, o verão brasileiro terá início no dia 21 de dezembro. A estação traz novamente à tona a preocupação com os mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, transmissores da dengue, da zika e da febre chikungunya. Por esse motivo, o Governo Federal está lançando uma campanha que visa alertar a população sobre a importância da prevenção contra o inseto, bem como destacar as consequências provocadas pela contaminação.

Nesse período, a atenção de todos deve ser redobrada a fim de evitar a reprodução do mosquito. Assim, torna-se imprescindível que a limpeza em possíveis criadouros do inseto seja feita semanalmente, já que, geralmente, o ciclo de vida do Aedes – período entre o nascimento até a chegada à fase adulta – é de dez dias. A limpeza deve ser feita em vasos, pneus, garrafas e quaisquer outros recipientes abertos que possam conter água parada.

O ovo pode sobreviver por até 450 dias em local seco. Porém, em contato com a umidade, o embrião pode ser desenvolvido em 48 horas. Portanto, além de eliminar possíveis focos e fazer a limpeza adequada, é imprescindível que as famílias recebam em suas casas os agentes de saúde, que são orientados para fazer a varredura correta em busca de ovos e larvas do inseto.

Consequências
Uma simples picada do Aedes pode gerar consequências dramáticas. Tanto a dengue, quanto a zika e a chikungunya podem levar à morte do paciente. No caso específico da contaminação das mulheres pelo Zika Vírus, há o risco de as gestantes darem à luz bebês com microcefalia, uma malformação congênita em que a cabeça possui tamanho menor do que a de outros indivíduos com idade semelhante. A criança com microcefalia pode apresentar dificuldades motoras e atrasos mentais, reduzindo drasticamente a qualidade de vida.

Em setembro, estudo solicitado pelo Ministério da Saúde e publicado na revista científica “The Lancet” reforçou a relação entre o Zika vírus e a microcefalia. Está sendo investigada a relação entre o Zika e a síndrome de Guillain-Barré, que provoca fraqueza e paralisia muscular.

Já a chikungunya, além de provocar fortes dores corporais durante o período de atuação do vírus, também pode gerar problemas de saúde ainda mais sérios, como artrite crônica, meningite e inflamação no coração.

Portanto, diante de tantas consequências causadas pelo Aedes aegypti e Aedes albopictus, a melhor orientação é para que todos fiquem atentos a possíveis criadouros do mosquito e os eliminem, de modo a impedir a reprodução do inseto.

Sintomas
No caso da dengue, os primeiros sintomas são febre alta (entre 39 e 40 graus) por dois a sete dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção cutânea e coceiras. Também comum a ocorrência de náuseas, vômitos e perda de peso. A forma mais grave da doença, a dengue hemorrágica, vem acompanhada de dores abdominais contínuas e intensas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.

Os portadores de chikungunya também têm febre alta e de início repentino, além de dores fortes nas articulações dos pés e das mãos, bem como em dedos, tornozelos e pulsos. Também há registro de dores de cabeça e nos músculos e manchas vermelhas na pele.

Em relação à zika, o Ministério da Saúde informa que aproximadamente 80% das pessoas infectadas pelo vírus não desenvolvem manifestações clínicas. Entretanto, os pacientes que têm a doença de modo sintomático apresentam dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas avermelhadas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Também há outros sintomas menos frequentes, como inchaços no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos.

Incidência
Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde mostra que, de janeiro até a metade de setembro, o Brasil registrou 1.438.624 casos prováveis de dengue, o que equivale a uma incidência de 703,7 infecções por 100 mil habitantes. A região mais atingida, proporcionalmente, é o Centro-Oeste, com 1.091,2 casos por 100 mil habitantes, seguida por Sudeste (982,8), Nordeste (561,3), Sul (246,5) e Norte (216,6).

O documento relata ainda que, no mesmo período, foram contabilizados 236.287 registros de febre chikungunya, o equivalente a 115,6 casos por 100 mil habitantes. Diferentemente do observado no caso da dengue, o Nordeste possui a maior incidência (368,4 por 100 mil), seguido por Norte (32,8), Sudeste (22,1), Centro-Oeste (10) e Sul (5,6). Na comparação com 2015, o número de pessoas infectadas explodiu, passando de 23.431 para 236.287.

Já a zika, também transmitida pelo Aedes, atingiu 200.465 indivíduos entre janeiro e a metade de setembro, o equivalente a 98,1 casos por 100 mil habitantes.

Fonte: iG

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