Cidades

Cerca de 70% das mortes de policiais no CE foram resolvidas

Velório do delegado Aldizio Ferreira ocorreu Funerária Ethernus, no Bairro Aldeota, em Fortaleza. Delegado foi o último caso registrado de violência contra agentes da SSPDS (Foto: Marina Alcântara/TV Verdes Mares)

Trinta profissionais de segurança pública perderam a vida até novembro de 2016, em todo o Estado, de acordo com a Secretaria de Segurança e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE). E segundo a SSPDS, 69% das mortes tiveram os casos resolvidos.

Dois dias após a morte do delegado Audizio Ferreira em um assalto, o secretário Delci Teixeira “Não há um descaso do governo com a insegurança. Eu não concordo com isso. Nós tivemos no ano passado a apuração de todos esses crimes envolvendo profissionais de segurança pública e tivemos nesta situação 83% dos casos resolvidos em 2015. Esse ano estamos com 69% de todos os casos resolvidos”.

Segundo a SSPDS, foram 25 policiais militares e civis mortos; dois agentes penitenciários; um policial rodoviário federal aposentado; um ex-policial e um outro que cometeu suicídio. Ainda segundo a secretaria de segurança, no confronto com os profissionais de segurança, 12 criminosos perderam a vida.

O último caso de morte envolvendo profissionais de segurança foi o delegado Audizio Ferreira Santiago, de 55 anos. Ele morreu na última terça-feira (15), durante uma tentativa de assalto, no Bairro Maraponga. A Polícia Civil prendeu na quarta-feira (16) um homem apontado como suspeito de envolvimento na morte do delegado.

Violência contra policiais
No mês de novembro, quatro perderam a vida por causa da violência. Além do delegado Audizio Ferreira, o sargento da Polícia Militar George Sousa e Silva, 40 anos, foi baleado na noite de segunda-feira (14), em Sobral. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu na tarde desta terça-feira. De acordo com a Polícia Militar, o sargento estava de serviço quando foi surpreendido por dois homens armados em uma moto. Um dos suspeitos desceu da motocicleta e atirou contra o policial.
Na sexta-feira (11), um policial militar reformado foi assassinado no Bairro Parque Leblon, em Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza. Segundo a polícia, o corpo de Carlos Alberto Ribeiro Gomes foi encontrado com marcas de tiros e pedradas. O corpo estava dentro de um carro.

Já no domingo (6), um policial rodoviário aposentado foi morto em casa durante uma tentativa de assalto no Bairro Jangurussu, em Fortaleza. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Leomar Saraiva de Aquino, de 73 anos, foi baleado com um tiro na cabeça e não resistiu. Duas pessoas foram presas suspeitas do crime.

Ação dos policiais
Sobre o fato de alguns policiais reagirem a assaltos, ao ser perguntado se os mesmos são preparados para tal feito, Teixeira defendeu a categoria e disse que “todo policial tem uma formação de combater à criminalidade” e que o ato de reagir é natural de qualquer pessoa, apesar de defender a tese de que em todo assalto o correto é de não reagir.

“Todo policial tem uma formação de agir contra a criminalidade. E isso instintivamente o policial a ser assaltado, ao se deparar com a situação dessa (assalto e roubo), o policial esboça logo uma reação. Porque ele foi treinado para isso”, afrimou. “Essas ações dos criminosos que pegam o cidadão e também o policial de surpresa e é claro que ninguém está devidamente  preparado para ser ao ser surpreendido. Agora dentro de uma situação normal, os nossos policiais estão sim preparados e tem dado uma resposta”, acrescentou.

Fonte: G1

Redação

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