Com Felipe Leonel
A Polícia Militar atendeu uma ocorrência de uma rebelião que estaria acontecendo numa clínica de internação de menores em Várzea Grande (MT), os menores estariam revoltados, gritando no local. Informações preliminares indicam que se trata da Clínica Liberdade, na comunidade Capão do Pequi, na região do Capão Grande, onde estão abrigados 14 menores dependentes químicos.
A conselheira tutelar Lucimar Borba dos Santos, de Denise (208 km de Cuiabá), teria vindo buscar o menor L. F. B. S., que estava internado na clínica e fez um boletim de ocorrência contra a casa de saúde. O motivo seria supostos maus tratos, transgressão física e psicológica, além de superdosagem de medicamentos para os jovens.
Outras informações apontam que a mesma conselheira e policiais militares se dirigiram novamente para a delegacia de polícia para elaborar um novo B.O.
De acordo com o Boletim de Ocorrência registrado pela conselheira, ela teria recebido uma denúncia de maus tratos na clínica. Após chegar ao local, ela pediu para falar com o adolescente, que informou estar sendo mantido em cárcere privado, pois todo dia é trancado num quarto. Ele teria dito ainda que sofre tortura, que a clínica fica com parte do dinheiro dos internos, além de ser obrigado a tomar medicamentos sem prescrição médica. Os outros internos, que trabalham no local, seriam os responsáveis por ministrar as medicações, inclusive aplicando injeções.
Ainda de acordo com a conselheira, a Prefeitura de Denise é quem banca o tratamento do jovem, que foi levado compulsoriamente para a clínica particular, que teria convênio com a prefeitura . O caso também foi comunicado ao Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolesceente (Cedca).
Outro lado
A responsável pela Clínica Liberdade, que preferiu não se identificar, disse que não existe nenhum problema na clínica. Segundo ela, os conselheiros querem prejudicar a casa e que tudo seria uma grande mentira.
Veja o vídeo do menor relatando tortura
