Cidades

Rai Reis investe em fotografias como arte

Viver da fotografia não é fácil, segundo o fotógrafo Rai Reis, mas quando há paixão e talento é preciso se reinventar para continuar a viver dela. Após perder o emprego como repórter fotográfico, o historiador e jornalista resolveu abrir um Studio e passou a trabalhar com fotografia para decoração. Sua fotografia consagrada por paisagens, rios, canoas, cidades, decoram casas e escritórios agora.

“Eu procurei vários suportes para a fotografia e como eu vivo disso eu preciso criar produtos. O mercado da fotografia para decoração é um mercado crescente e como eu já estou há um tempo no mercado conheço muitos arquitetos que me ligam e falam do que precisam. A fotografia não é mais aquela fotografia tradicional, continua sendo uma fotografia bruta, real, não manipulada. Eu não gosto de manipulação de fotografia eu gosto dela como ela é, mas os formatos mudaram”, contou ao Circuito Mato Grosso.

Os formatos, segundo Rai, são diversos. A fotografia agora pode ser ‘cortada’ nos mais variados tamanhos, ou expostas de diversas formas para criar ambientes mais sofisticados e acolhedores. As fotografias já estão prontas e ele contou que geralmente sugere fotos de natureza. “Eu acho que as paisagens têm um efeito calmante em cima da pessoa e do ambiente. Fotos de água, de canoas, matas têm efeito calmante”.

As fotos para os ambientes são, em sua maioria, em formatos grandes. Recentemente a Casa Cor Mato Grosso apresentou obras do fotógrafo Rai Reis na decoração. O trabalho pode ser visto e apreciado por quem passa pelos ambientes e que para Rai significou um ‘bum’ no mercado em que ele vem atuando. “Eu acho que iguais a mim em Cuiabá não tem mais. Apesar de ter excelentes fotógrafos aqui, pouca gente procura a fotografia na hora de decorar”, analisou.

Paixão pelo natural

A natureza sempre foi a maior inspiração de Rai, que nasceu na cidade de Cáceres (218 km de Cuiabá), onde cresceu brincando no rio que ficava a trinta metros da sua casa. Na adolescência veio para a Capital, aonde fez curso profissionalizante no Senac e se formou em Comunicação Social e História. Trabalhou por 10 anos com fotojornalismo e se reinventou após perder o emprego e montar um Studio de fotografia.

“Em uma dessas crises financeira da vida, eu abri um estúdio e tem 19 anos já. Engraçado é que as crises são benéficas porque elas fazem você se mover. Faço ainda algumas pautas para o jornalismo, mas para órgãos de fora que querem, fora de Mato Grosso”, contou. Com a publicidade em baixa, Rai passou por outra crise e acabou entrando para o segmento da decoração onde está há três anos.

Segundo ele, a fotografia como objeto de arte sempre existiu, mas em Cuiabá está chegando agora. As primeiras fotos foram de cidades em formato de 180 graus. As fotos, principalmente da Capital, estão espalhadas por diversos lugares. Depois vieram as fotos dos passeios que Rai fazia aos finais de semana quando ele ia remar, andar de bicicleta, ou acampar. “Eu tenho um contanto com a natureza muito forte, sempre tive. Sinto-me bem na natureza”, definiu.

A inspiração é a natureza e a luz. “As luzes baixas, não a luz do sol, mas, sim, a luz bem cedo ou do final do dia. O que mais me inspira é isso. Na fotografia chamamos de hora mágica que não é nem noite nem dia então as fotografias que você produz nesse horário são… Eu gosto desse horário. Gosto de estar na rua nesse horário, gosto de fotografar neste horário. Dá uma sensação de plenitude”, contou o fotógrafo, que é geminiano e se considera múltiplo: gosta da cidade e da natureza.

Exposição na Rua: Lambe-Lambe

Além da fotografia na decoração, Rai está expondo suas fotografias na rua que, segundo ele, é a nova galeria dos artistas. Todo mundo vê, consome e fica de fácil acesso. Para expor ele utilizou o método Lambe-Lambe que imprime as fotografias em papel ultrafino e em contato com cola se enruga e dá um efeito particular de aplicação.

Você já deve ter visto as fotografias dele por Cuiabá e Várzea Grande, pois ao todo são 100 cartazes espalhados por viadutos e muros. As imagens de florestas e uma palavra trouxeram mais vida para as cidades e as pessoas. “Em princípio eu fiquei meio receoso de fazer novamente, mas aí depois vieram outras pessoas me procurar para fazer a mesma coisa e com isso vamos ter uma terceira exposição que é “O Haiti é aqui” com a mesma pegada do lambe- lambe”.

A segunda exposição terá a mesma pegada da primeira, porém as imagens serão substituídas por outras com novas palavras nos próximos dias. O fotógrafo também vai expor algumas imagens com o mesmo método em A Casa do Parque. “Por que as pessoas procuram a arte? Porque sempre faltou alguma coisa. Só a realidade não é suficiente, é preciso a viagem, o deleite. A arte precisa ser mais consumida, de fácil acesso e por isso eu escolhi o lambe-lambe. Por isso eu quis sair de dentro da galeria, do espaço fechado, do privado para o público.

Como comprar

As obras do fotógrafo podem ser adquiridas por meio do site: www.raireis.com.br. Ou indo até o Studio Rai Reis, localizado na Rua Pedro Celestino, n° 434, Centro de Cuiabá. O telefone para contato é o (65) 3321-3338/ (65) 9 9982-4290. No Facebook você encontra mais sobre o trabalho do Rai Reis na página: www.facebook.com/studioraireis/.

Catia Alves

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