Política

Romoaldo presta esclarecimentos ao Gaeco e defende assessor preso

Foto Ahmad Jarrah

Cintia Borges/ Catia Alves/ Valquiria Castil

O deputado Romoaldo Junior (PMDB) foi até a sede do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) na tarde desta quarta-feira (05) prestar esclarecimentos como testemunha sobre um possível desvio de dinheiro da Assembleia Legislativa, que culminou na Operação Ventríloquo.

“Eu vim esclarecer sobre os voos feitos pela Assembleia, shows beneficentes, e também um posto de combustível que atendeu os meus veículos enquanto estive na Assembleia. Eu espero ter contribuído com a investigação”, disse o parlamentar.

Romoaldo também afirmou não saber da prisão de seu chefe de gabinete, Francisvaldo Mendes Pacheco, na tarde desta quarta-feira, na segunda fase da Operação Ventrículo, denominada "Filhos de Gepeto". "Ele é uma pessoa boa, bom funcionário e da minha confiança. Eu não sei por que uma prisão tão rápida que nem se quer ele foi ouvido e outra eu estava aqui hoje [quarta-feira] prestando depoimento", relatou.

O deputado criticou a forma como foi dada a prisão de Francisval, pois considera que o Gaeco deveria dar uma posição apenas depois do depoimento que prestou.

"Eu acho que essa prática de prender para pressionar o funcionário a falar alguma coisa está errada. Ele sempre se colocou a disposição da justiça, eu vim aqui fazer meu depoimento e falei de tudo aquilo que tenho conhecimento e isentei o Francis de qualquer responsabilidade sobre isso. Até porque, o que foi feito na Assembleia foi um pagamento de uma conta que existia. Agora, se devolveram o dinheiro, não foi o Francis que pediu", desaprovou Romoaldo.

De acordo com a denúncia, Francisvaldo é suspeito de ter se beneficiado com valores desviados da Assembleia. O deputado disse que viu uma matéria de que um cheque teria sido passado na conta do assessor, mas contesta de que o fato tenha acontecido dessa forma.

"Duvido que ele tenha passado a mão em algum dinheiro. Na Assembleia, você não tem tempo de correr atrás de pagamento, então quem faz pagamento é o assessor e se o Francis fez algum pagamento eu tenho certeza que foi pagamento de despesas da casa (Assembleia Legislativa) e não pessoal dele", afirmou o deputado. 

O parlamentar declarou ainda que irá ajudar Francisvaldo e contou sobre a relação que tem com o assessor. "Isso foi para pagar dívidas da Assembleia e não dele pessoal. Não tem porque ele estar preso. Já vamos entrar com um pedido para liberar ele. Lógico que irei ajuda-lo juridicamente. Ele é um menino bom. Ele é meu compadre, meu amigo, meu faz tudo", completou Romoaldo.

Operação Ventríloquo

A Operação Ventríloquo foi deflagrada pelo Gaeco em 2015, para investigava o desvio de cerca de R$ 9 milhões dos cofres da Assembleia Legislativa, entre os anos de 2013 e 2014. Segundo os fatos apurados à época, as fraudes envolveriam a simulação de pagamentos de uma dívida ao banco HSBC.

A quadrilha seria chefiada pelo ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Geraldo Riva. feitos pela al, shows beneficentes, e também um posto de combustível.

Redação

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