Política

Chico Lima não comparece a depoimento alegando riscos de AVC

Cintia Borges/ Sandra Carvalho/  Valquiria Castil

A juíza Selma Rosane Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, dá continuidade às audiências de instrução e julgamento da Operação Seven, na tarde desta segunda-feira (03). A Operação Seven apura esquema de desvio de R$7 milhões para compra de um terreno pelo Estado na região do Lago do Manso.

De acordo com o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), que deflagrou a operação em 2015, o esquema teve o intuito de autorizar o Intermat a comprar uma área rural de 727 hectares, imóvel que integra o ‘Parque Estadual das Águas do Cuiabá’, que já pertenceria ao Estado e foi adquirida novamente de Filinto Corrêa, com preço superfaturado de R$4 milhões.

Acompanhe

14h14 – o ex-secretário de Planejamento de Mato Grosso, Arnaldo Alves de Souza Netotil afirma à juiza Selma Rosane de Arruda que a denúncia e falsa e se emociona ao lembrar que foi premiado em Mato Grosso e na Espanha pelos serviços implatados na pasta.

14h30 – Ele alega que denúncia de que ele tenha autorizado a venda da área não existe, porque isso é disponibilizado pelo sistema.

14h34 – Arnaldo chora novamente ao dizer que se sente muito chateado com a situação, que nunca passou por isso e que em 20 anos de trabalho nunca fez nada de errado. Que ele próprio procurou saber o que estava acontecendo pesquisando no sistema da Seplan.

14h37 – O ex-secretário continua seu depoimento afirmando que não autorizou esse pagamento porque seria ilegal e ele fazia parte da secretaria de planejamento,                

14h49 – Arnaldo afirma que não existe um sistema tão transparente quanto esse que ele trabalhava e que ele nem precisava estar lá, pois o que entrava no sistema saia direto publicado no diário oficial. E falou também que o MT Integrado e parte do VLT só existiram graças ao seu trabalho.             

14h53 – Sobre os demais réus, ele informou que teve mais contato com o ex-governador Silval Barbosa, Afonso e Pedro Nadaf. 

14h59 – Aroldo conta que a Sinfra chegou a participar do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Governo (Condes) e que eles eram um dos que mais gastavam. Ao ser perguntado se recebeu alguma vantagem indevida, ele respobdeu que nunca pediu, recebeu e exigiu nada a ninguem. "O governador nunca pediu nada que não pudesse ser feito, e nada que não se pudesse fazer". Termina o depoimento

15h15 – O procurador Francisco Lima devido a problemas de saúde não compareceu a audiência. Segundo a defesa, na manhã desta segunda-feira, a equipe de enfermagem do Centro de Custódia de Cuiabá contatou fibrilações. Francisco Lima foi encaminhado para um hospital da Capital.

Uma nova audiência foi marcada para segunda-feira (10) às 14h30 para que Chico Lima preste depoimentos.

15h30 – Sobre a acusação de o mal estar ser uma possível fuga do julgamento, o advogado de Chico Lima, João Cunha, afirma que "não há nenhum interesse de abstar o processo judicial. Ocorre, porém, que ele não pode nesse estado prestar depoimento sem assistencia médica. A fibrilação pode conduzir a morte".

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Silval Barbosa afirma que não participou da compra do terreno

Redação

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