Gravidez na adolescência muda a vida de jovens (Foto: Reprodução/TV Morena)
Celebrado no Brasil e em outros 70 países nesta segunda-feira (26), o Dia Mundial de Prevenção à Gravidez na Adolescência levanta o debate sobre esse tema e ressalta a importância de educação sexual em casa e nas escolas. Entre 2012 e 2015, 21% dos bebês que nasceram em Pernambuco foram gestados por mães que tinham entre 10 e 19 anos de idade, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES). Isso significa uma média anual de 29 mil nascidos vivos com jovens nessa faixa etária
Mesmo com a constante divulgação sobre a importância do uso de métodos contraceptivos durante a relação sexual, a gravidez indesejada, sobretudo na adolescência, ainda é uma realidade. Seja por descuido ou falta de informação, é comum ver jovens à espera de um filho não planejado, o que, em alguns casos, pode comprometer seu objetivos para o futuro
Apesar de expressivo, o número de partor de mães jovens já foi maior, segundo a gestora da I Gerência Regional de Saúde (Geres) da SES, Ângela Lessa. “De 2013 a 2015, tivemos uma variação, mas vimos que esse número vem diminuindo de uma forma geral. Ainda assim, para termos uma queda maciça, precisamos ter mais divulgação dos métodos contraceptivos”, alerta.
Para Lessa, é preciso reforçar a educação sexual não só nas instituições de ensino, mas nos lares. “Muitos pais acabam deixando a responsabilidade para a escola. Entendemos que às vezes as próprias famílias não estão preparadas para isso, mas elas também têm um papel importantíssimo na conscientização dos jovens. Não há como evitar a prática sexual, mas há como evitar a gestação precoce”, frisa.
Além da gravidez, outro ponto defendido pela gestora é a prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). “Doenças como clamídia e gonorreia são algumas das principais causas de infertilidade e, para que os adolescentes tenham uma vida reprodutiva saudável pela frente, o uso de preservativos é muito importante”, explica.
Para incentivar o uso, métodos contraceptivos como a “camisinha” masculina podem ser retirados gratuitamente pela população em todas as unidades de saúde do estado, sem necessidade de cadastro. “Os únicos que estão mais reservados são os preservativos femininos, por terem um custo mais alto, mas também estão disponíveis nos postos”, orienta Lessa.
Além da distribuição gratuita de preservativos, também há capacitação para os profissionais da rede pública de saúde para atender os adolescentes de forma mais humanizada e ajuda-los no planejamento familiar, em caso de confirmação da gravidez.
Fonte: G1