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Praticar exercícios físicos melhora humor, segundo pesquisa

Todos nós sabemos que a prática de exercícios pode melhorar a qualidade de vida. Mas além de ajudar a perder peso e dar disposição, você sabia que a atividade física pode influenciar no bom humor, na cognição e na produção de novos neurônios?

Pois é, malhar fortalece o cérebro.

Um estudo teórico divulgado no jornal Frontiers in Neuroscience se baseou em diversas teses já publicadas para defender a hipótese de que a prática constante de exercícios físicos em níveis leves e moderados impulsiona a formação de novos neurônios, um fenômeno chamado de neurogênese no hipocampo adulto.

Anteriormente, acreditava-se que a criação de neurônios acontecia só durante o desenvolvimento do cérebro e não continuava por toda a vida.

Porém, cientistas identificaram a produção contínua em algumas partes do cérebro, principalmente no hipocampo –e estes novos neurônios seriam altamente responsivos ao exercício.

O hipocampo é a parte do cérebro com papel fundamental na formação de novas memórias e na regulação emocional, por isso o nascimento de neurônios nesta região do cérebro melhora a cognição e o humor, de acordo com o neurologista Fábio Porto, do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Mas não adianta fazer um abdominal e esperar como resposta diversos neurônios ou maior controle emocional. Os benefícios da neurogênese acontecem com o tempo.

"Existem duas respostas corporais distintas que afetam o humor e estão relacionadas aos exercícios. De imediato temos a liberação da endorfina, que nos deixa feliz logo após o suor. A longo prazo temos a neurogênese, que pode trazer equilíbrio ao cérebro e nos deixar de bom humor", afirma o neurologista Lucas Schilling, pesquisador do Instituto do Cérebro da PUC Rio Grande do Sul.

Mas o exagero faz mal
Schilling explica que a tese abordada no artigo leva em conta o nível dos exercícios –atividade física moderada e leve tem como benefício a produção de neurônios e o equilíbrio entre os neurônios que já existem. Mas a atividade exagerada, que força os limites, provoca respostas negativas do corpo, como inflamações, lesões e desidratação.

"Os cientistas acreditam que o acompanhamento dos níveis da neurogênese no hipocampo pode ser uma boa maneira de mensurar as respostas dos exercícios, com a possibilidade de analisar se a atividade gera novos neurônios ou não", explica Schilling.

Fonte: UOL

Redação

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