Economia

Índice de desemprego cresce; população procura por capacitação

O desempregado, Izael Costa, 27 anos, trabalha com construção civil e está desempregado há três meses. Ele diz que enfrenta dificuldades para conseguir emprego devido a alta exigência das empresas. “Está difícil. Estão exigindo muita capacitação e que o trabalhador por falta de renda não consegue fazer”, conta.

A caixa Kelly Naiane, 23 anos, saiu do emprego há um ano e quatro meses após engravidar. Agora, a caixa pretende se reinserir no mercado de trabalho, mas encontra dificuldades com a falta de qualificação e por ser mãe. 

“As empresas não dão oportunidade para gente que tem filho, dizendo que filhos atrapalham o nosso desempenho. Filho atrapalha só para quem é irresponsável, mas pessoas que realmente querem trabalhar para sustentar e criar seus filhos, não agem assim”, afirma

Desempregada há um mês, Loeni Ferreira, 29 anos, tem experiência na área comercial como promotora de vendas, repositora, secretária e recepcionista.  Ela acredita que as empresas estão exigindo mais capacitação dos profissionais e isso dificulta a inserção no mercado.

“Há muita exigências das empresas. A maioria delas querem profissionais com experiência, e em algumas áreas não conseguimos”.

Izael, Kelly e Loeni fazem parte das 164 mil pessoas desempregadas em Mato Grosso, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizada no segundo trimestre deste ano. 

Os trabalhadores foram ao Sine, na sexta-feira (16) em busca de uma oportunidade de emprego e cursos de capacitação para se inserirem novamente no mercado de trabalho.  “Tô confiante de sair daqui mais preparada e já empregada”, diz Loemi.

Mais de três mil pessoas foram atendidas pelo 2º Feirão do Emprega Rede, realizado pela Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas). Foram 470 oportunidades de trabalho disponibilizadas para os cidadãos e 300 vagas para cursos de qualificação, além dos serviços de cidadania.

O secretário adjunto de Trabalho e Emprego, Samir Prado, comenta o êxito da 2ª edição. “Conseguimos reunir um grande número de vagas e de cursos para que a população consiga sair daqui ou empregada ou com qualificação para o mercado de trabalho”, ponderou.

Os salários disponíveis para as ocupações disponibilizadas variam entre R$ 880 para profissões como atendente de lanchonete e R$ 3.732 para técnico em segurança no trabalho. Além destas, também foram ofertadas vagas para nutricionista, auxiliar de confeitaria, ajudante de farmácia, entre outros.

Além disso, quatro empresas foram até o Sine para fazer o processo de entrevista com os candidatos. “Essa foi uma forma de estimularmos o processo seletivo. Agradecemos todos os parceiros que nos auxiliaram para pudéssemos ajudar tantas pessoas”, disse a superintendente do Sine, Rosane Belém.

O Feirão do Emprega Rede também levou qualificação profissional para os cidadãos. Foram disponibilizadas 300 vagas nas modalidades presenciais e de Educação à Distância (EAD), para os cursos de assistente administrativo, almoxarife, assistente de recursos humanos e outros.

Cintia Borges

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