Economia

Mato Grosso deve aproveitar seu potencial na produção de bioenergia

A dificuldade com logística e os impostos são entraves que Mato Grosso precisa superar para alcançar bons resultados na área de biocombustíveis. A avaliação foi feita pelo CEO da Datagro Consultoria, Plínio Nastari, que apresentou o painel “O setor sucroenergético no Centro-Oeste: importância, situação atual e perspectivas”, durante o 1º Congresso de Bionenergia de Mato Grosso e o 3º Congresso do Setor Sucroenergético do Brasil Central, em Cuiabá.

“Mato Grosso é uma caixa de força. É o maior produtor de grãos do Brasil, mas ainda esbarra em limitações na logística e nos altos impostos. A indústria de biocombustíveis gera empregos de qualidade e reduz a poluição atmosférica. É preciso que as autoridades reconheçam essa importância e que os governos estaduais, em especial de Mato Grosso, considere a mudança da cobrança de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS)”, afirmou.

Segundo ele, como grande produtor agroindustrial, Mato Grosso deve trabalhar com os resíduos orgânicos que são produzidos todos os anos. “O ideal seria que a produção agrícola não utilizasse combustíveis fósseis e para isso são necessários investimentos e políticas públicas viáveis e de qualidade. Temos um potencial enorme para ser explorado e precisamos valorizar o etanol porque ele é uma energia nobre. A experiência brasileira nesta área é mais valorizada em outros países do mundo do que aqui onde conseguimos o feito de 42% dos combustíveis utilizados a partir do etanol”.

Nastari destacou ainda uma grande novidade do setor automotivo: a empresa japonesa Nissan acaba de lançar o primeiro veículo elétrico movido a combustível líquido e que será comercializado a partir de 2020. “Isso é algo surpreendente porque o automóvel utiliza energia limpa, já que o hidrogênio é difícil, perigoso e oneroso e com essa tecnologia o carro recebe etanol e consegue transformá-lo em energia elétrica”.

Segundo ele a montadora afirmou que o Brasil resolveu o problema de infraestrutura de hidrogênio porque o país possui 35.200 postos de etanol já instalados.

Redação

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