A dona de casa Sônia da Costa, avó do Gabriel, de 12 anos, tem um desafio diário: separar o neto do tablet, nem que seja por algumas horinhas. E a dificuldade vai mais longe: Gabriel está obeso, mas se recusa a fazer atividades físicas. A avó tentou de tudo: Judô, Karatê, futebol… Mas nada agradou.
O perfil do Gabriel corresponde ao da maioria das crianças brasileiras, segundo uma pesquisa Ibope que ouviu 307 responsáveis por crianças entre dois e 12 anos de idade.
Entre os entrevistados, 37% disseram que o videogame e os jogos online são a atividade preferida dos filhos, seguida de atividades ao ar livre e brincadeiras com amigos e, só então, da prática esportiva, com 15% da preferência.
A psicóloga Daniela Freixo de Faria reconhece que o equilíbrio das atividades realmente não é fácil, mas alerta que o excesso de eletrônicos na rotina da criança atrapalha a formação dos pequenos.
O levantamento traz ainda um outro alerta: o exemplo dos adultos é fundamental. O incentivo dos pais é apontado como o maior agente motivador para crianças que se dedicam a atividades físicas, sendo determinante em 61% dos casos.
Logo em seguida vem a vontade das próprias crianças e a presença do esporte na escola. Mas atenção: proibir o eletrônico pode não ser o caminho.
Fonte: G1