O empresário, Walter Dias Magalhães Junior, investigado na “Operação Castelo de Areia”, relatou a Polícia Civil que o ex-vereador João Emanuel, possui um plano para matar a magistrada Selma Rosane Arruda, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá. João Emanuel seria o suposto chefe de uma organização criminosa que práticava crimes de estelionato e teria contatado o Comando Vermelho para que o assassinato fosse consumado.
“João Emanuel disse que falaria com o detendo Sandro Louco para concretizar o plano de matar a juíza Selma Arruda; que de acordo com o suspeito João Emanuel, Selma Arruda já havia recebido ajuda de seu pai, o ex-juiz Irênio Lima e não poderia estar desta forma a prejudicar os negócios desempenhados por ele”, diz trecho das declarações de Walter.
O relato dos planos do ex-vereador teria sido feito em abril de 2016 para Walter. Na ocasião, segundo o depoimento, João Emanuel aparentou estar muito nervoso.
Após ser preso, o empresário afirmou que, no dia 29 de agosto quando passou pelo presídio do Carumbé, recebeu um recado de João Emanuel que teria mandado um “salve” para o Comando Vermelho que foi entendido por Walter como um aviso para que ele não falasse nada que pudesse prejudicar o ex-vereador.
O caso
A operação “Castelo de Areia”, foi deflagrada pela Polícia Civil no dia 26 de agosto, para cumprimento de cinco mandados de prisão preventiva, sete buscas e apreensão e uma condução coercitiva. Entre os alvos está o ex-vereador e presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, João Emanuel Moreira Lima, acusado por aplicar golpes com contratos de até R$ 1 bilhão.
Pelas investigações, foi descoberto que o grupo oferecia empréstimo a juros baixos, vendendo “fumaça” para clientes e dizendo que os juros vinham de bancos do exterior. As vítimas acabavam acreditando, já que a empresa era bem montada.
Além de João Emanuel, que está em prisão domiciliar, e Walter Magalhães Junior, também foram detidos o casal Shirlei Matsucka e Marcelo de Melo Costa, Lazaro Roberto Moreira Lima (condução coercitiva) e Evandro José Goulart.