A Polícia Judiciária Civil indiciou três profissionais do Centro Odontológico do Povo (COP), em Várzea Grande, por homicídio culposo no inquérito policial que apurou as circunstâncias da morte de Jucilene de França, 31, após realizar procedimento de extração de dente.
A morte aconteceu em julho de 2015. O laudo de necropsia da vítima atestou morte por “choque séptico consequente a infecção grave (Angina de Ludwig) após procedimento odontológico (extração dentária)”.
Para completa elucidação do fato foram necessários diversos atos técnicos, periciais e investigativos a fim de comprovar a materialidade (crime vinculado à morte) e a autoria delitiva. Os trabalhos foram conduzidos pela 1ª Delegacia de Polícia de Várzea Grande, sob coordenação do delegado Eduardo Rizzotto de Carvalho.
Foram indiciados a dentista responsável pela extração dentária, Cristiane Rossi Gentelin, a responsável técnica pela clínica, Manuella Driessen Rodrigues Carvalho da Costa e Fernando Helou da Costa, proprietário da clínica.
“Em meu entendimento, Cristiane foi negligente ao deixar de prescrever antibiótico quando da extração. Ela só o fez quando a paciente retornou com inchaço e dores no local”, explica o delegado de polícia Eduardo Rizzotto de Carvalho, que coordenou as investigações junto à 1ª Delegacia de Polícia de Várzea Grande.
Além disso, “tanto Cristiane quanto os responsáveis pela clínica, Manuella e Fernando, foram imprudentes ao colocarem em funcionamento e atenderem pacientes numa clínica em que a vigilância sanitária atestou que não atende as normas de higiene e segurança, ou seja, não está apta a funcionar. Acrescente-se a isso, que a clínica sequer possuía alvará da vigilância sanitária”, destaca Eduardo Rizzotto, que atualmente integra a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Várzea Grande (DERF-VG), mas concluiu e relatou o inquérito do caso.