Política

“Temos dinheiro para ficar o ano inteiro em greve”, diz Sisma

O Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e Meio Ambiente de Mato Grosso (Sisma-MT) afirmou em reunião coletiva que pretende levar adiante a paralisação pela revisão geral anual (RGA) mesmo com uma liminar que obriga a representação a pagar uma multa diária de R$ 5 mil caso continuem com a greve. Os trabalhadores da administração pública do Estado fizeram críticas ao desembargador que determinou a sanção.

“Esse desembargador trata as coisas superficialmente. Nossa multa diária é de R$ 5 mil. Gostaria de avisar que temos dinheiro em caixa para ficar de greve o ano inteiro e ainda ajudar quem precisa, pois o dinheiro é de todos nós”, disseram o presidente da Sisma, Oscarlino Alves.

Na reunião feita nesta quinta-feira (09) os servidores afirmaram que irão propor algumas ações questionando o poder executivo de Mato Grosso na justiça, inclusive no Supremo Tribunal Federal, além da reprovação das contas do governador por meio de uma representação externa deputado estadual proposta pelo deputado estadual Emanuel Pinheiro. O Sisma-MT também recorreu ao Ministério Público Estadual (MPE) denunciando o governador Pedro Taques (PSDB) por improbidade administrativa.

Ao final, os trabalhadores e trabalhadoras deliberaram pela continuidade da greve, que já se estende por 17 dias. Participaram desta decisão servidores de Cuiabá e das 15 regiões de saúde (Água Boa, Alta Floresta, Barra do Garças, Cáceres, Colíder, Diamantino, Juína, Juara, Peixoto de Azevedo, Porto Alegre do Norte, Tangará da Serra, Rondonópolis, São Félix do Araguaia, Sinop e Sorriso).

RGA

A RGA, que é a reposição da inflação nos salários dos servidores, foi o estopim da primeira grande crise de Pedro Taques (PSDB) no comando do Palácio Paiaguás, sede do poder executivo estadual. O valor integral do reajuste é de 11,28%, mas o governo, alegando déficit nas contas públicas, propôs pagar apenas 6% em duas parcelas.

Três representações de classe já ingressaram na justiça exigindo o pagamento: os trabalhadores da Polícia Civil (Siagespoc), os servidores penitenciários (Sindispen) e os soldados da polícia militar e bombeiro militar (Sintema). O governo interpelou judicialmente algumas representações, obrigando-as a voltarem aos trabalhos. Mato Grosso possui 97 mil servidores públicos.

Veja o vídeo dos servidores da Sisma-MT

Diego Fredericci

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