Economia

Dólar fecha em queda, abaixo de R$ 3,60

O dólar fechou em queda nesta segunda-feira (30), voltando a ser cotado abaixo de R$ 3,60, após ter acumulado alta de mais de 2% na última semana.

A moeda encerou o dia em queda de 0,92%, a R$ 3,5779 na venda, após ter encerrado a última semana a R$ 3,611. 

Segundo a agência Reuters, o movimento de queda ocorrou após o superávit primário do governo central superar as expectativas de analistas em abril, em sessão marcada por baixo volume de negócios devido a feriado nos Estados Unidos.

No mês, o dólar acumula alta de 4%. No ano entretanto, a moeda dos EUA caiu 9,37%.

Acompanhe a cotação ao longo do dia
Às 9h29, queda de 0,12%, a R$ 3,6068
Às 9h40, alta de 0,12%, a R$ 3,6154
Às 10h29, queda de 0,23%, a R$ 3,6026
Às 11h20, queda de 0,29%, a R$ 3,6006
Às 12h20, queda de 0,4%, a R$ 3,5964
Às 13h20, queda de 0,44%, a R$ 3,5951
Às 14h, queda de 0,43%, a R$ 3,5955
Às 15h27, queda de 0,72%, a R$ 3,584

Cenário local
O governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) registrou superávit primário de R$ 9,75 bilhões em abril, bem acima do saldo positivo de 600 milhões de reais projetado por analistas em pesquisa da Reuters.

O último resultado positivo havia sido registrado em janeiro deste ano. Mesmo assim, foi o pior resultado para meses de abril desde 2013 – quando foi registrado um saldo positivo de R$ 7,33 bilhões, segundo os números oficiais.

"Com os EUA parados, o mercado aqui fica bem devagar", disse à Reuters o superintendente regional de câmbio da corretora SLW João Paulo de Gracia Corrêa.

Operadores afirmaram que os negócios eram influenciados também pela briga pela Ptax de maio, taxa calculada pelo BC no último pregão do mês que serve de referência para diversoscontratos cambiais. Investidores costumam disputar para deslocar as cotações a patamares favoráveis a suas posições.

Cenários a prazos mais longos
Olhando para prazos mais longos, operadores afirmavam, segundo a Reuters, que o dólar tende a se fortalecer em nível global nos próximos meses conforme ficar mais claro que o Federal Reserve, banco central dos EUA, deve elevar o juro mais cedo. Isso pode atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados em outros mercados.

No Brasil, o movimento deve ser  influenciado também pelo cenário político, com muitos agentes financeiros evitando assumir riscos diante da perspectiva de que o governo dopresidente interino Michel Temer enfrente dificuldades para aprovar no Congresso Nacional medidas de austeridade fiscal.

Segundo pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2016 caiu de R$ 3,67 para R$ 3,65. Para o fechamento de 2017, a previsão dos economistas para o dólar recuou de R$ 3,88 para R$ 3,85.

BC não interfere pelo 7º dia
Pelo sétimo dia seguido de negócios, o Banco Central não anunciou intervenção no câmbio.

A moeda norte-americana chegou a bater níveis mais baixos  que R$ 3,50 ao longo das últimas semanas, mas o Banco Central brasileiro frequentemente aproveitou a ocasião para intervir no câmbio.

Alguns operadores acreditam que o BC teria como objetivo combater a fraqueza do dólar para proteger as exportações, apesar do impacto inflacionário da alta da moeda dos EUA.

Fonte: G1

Redação

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