O dólar opera em alta nesta terça-feira (12), após ter fechado na véspera na menor cotação desde agosto do ano passado, abaixo de R$ 3,50, refletindo a euforia do mercado com a possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Às 9h19, a moeda norte-americana operava em alta de 0,56%, vendida a R$ 3,5144.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h10, alta de 0,38%, a R$ 3,5079.
Na véspera, o dólar recuou 2,83%, a R$ 3,4946, menor cotação de fechamento desde 20 de agosto passado (R$ 3,4596) e maior queda diária desde 24 de setembro de 2015 (-3,73%).
A última vez que o dólar tinha fechado abaixo de R$ 3,50 foi no dia 21 de agosto de 2015, quando terminou o pregão a R$ 3,496.
Em apenas duas sessões, a queda acumulada da moeda norte-americana foi de 5,39%. No mês de abril, o dólar acumula queda de 2,83%. No ano, a divisa já recuou 11,5%.
Intervenção do BC
Diante da forte queda do dólar sobre o real, o BC intensificou na segunda sua atuação no mercado, mas com poucos efeitos.
Após vender apenas 7,7 mil dos 20 mil swaps reversos em leilão na primeira hora da sessão, a autoridade monetária anunciou ainda durante a manhã outra oferta de 12,3 mil contratos, equivalente aos não vendidos na primeira ofeta.
Novamente vendendo parcialmente os contratos, o BC fez um novo leilão de até 7,3 mil contratos na última hora dos negócios.
Com as três ofertas no mesmo dia, algo nada usual, o BC colocou ao todo os 20 mil swaps reversos, que equivalem à compra futura de dólares, anunciados no pregão passado.
No caso dos swaps tradicionais — que correspondem à venda futura de dólares –, o BC vendeu apenas 4 mil contratos na oferta de até 5,5 mil swaps para rolagem do lote do mês que vem, após vender a oferta integral em todos os leilões de rolagem feitos neste mês.
Com isso, repôs ao todo o equivalente a US$ 1,804 bilhão até agora, ou cerca de 17% do lote total, que corresponde a US$ 10,385 bilhões.
O BC tem reduzido rapidamente nas últimas semanas seu estoque de swaps tradicionais, hoje equivalente a pouco mais de US$ 100 bilhões, que tende a gerar custos para o BC quando o dólar sobe.
Fonte: G1