O dólar opera estável nesta sexta-feira (18), após fechar em baixa pelo segundo dia consecutivo na véspera, quando retornou a R$ 3,65, com investidores apostando mais forte na eventual troca de governo após a divulgação de conversa entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff.
Às 9h10, a moeda norte-americana subia 0,02%, vendida a R$ 3,6541.
Na véspera, o dólar caiu 2,3%, vendido a R$ 3,6533 – maior queda diária desde 3 novembro de 2015 (2,39%), segundo a Reuters.
O dólar chegou a cair a R$ 3,61 após a Justiça Federal suspender a posse de Lula como ministro-chefe da Casa Civil, mas reduziu o ritmo de queda após Banco Central anunciar que vai reduzir a intensidade das rolagens diárias de swaps cambiais – espécie de seguro comprados, por exemplo.
Citando o cenário externo mais tranquilo, o BC anunciou que reduzirá a rolagem de swaps cambiais, contratos equivalentes a venda futura de dólares. A decisão veio após decisão do Fed e à menor demanda por swaps com o atual patamar do câmbio, destaca a Reuters.
Operadores entenderam que a decisão tem como fim reduzir o estoque de swaps, equivalente a cerca de US$ 110 bilhões. Essas operações tendem a gerar custos ao BC quando o dólar sobe e contribuíram para elevar a dívida bruta e o déficit nominal no ano passado.
Até o momento, o BC já rolou US$ 6,003 bilhões, ou cerca de 60% do lote total para abril, que equivale a US$ 10,092 bilhões.
Os chamados contratos de swap cambial têm o potencial de tentar impedir pressões de alta da moeda norte-americana no mercado à vista. Além de atuar para impedir uma alta maior do dólar, os contratos fornecem às empresas uma proteção contra a variação do dólar, chamada de "hedge".
Fonte: G1