Economia

Wagner diz que governo não tem ‘coelho na cartola’ para a economia

O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmou nesta quarta-feira (6) que o governo não tem um “coelho na cartola” para recuperar a economia do país. Ele concedeu entrevista após se reunir com o vice-presidente Michel Temer no gabinete do peemedebista.

Para o ministro, o governo não está mais em "tempo de pacotes" e deve buscar retomar a confiança do empresariado e da população. Ele disse ainda que o governo deve buscar o crescimento econômico "passo a passo", sem anunciar "nada bombástico" nos próximos dias.

"Sinto que tem muita gente que fica perguntando quando sairá a grande notícia. Nós não estamos mais em tempo de pacotes, apesar disso não estar a meus cuidados, está sob os cuidados do Nelson [Barbosa, ministro da Fazenda] e do Valdir [Simão, ministro do Planejamento], mas acho que não tem nada bombástico", disse o ministro.

"Na verdade, a gente tem consciência que as coisas vão ser passo a passo, retomando a confiança do empresariado interna e externamente, recuperando as esperanças das pessoas com mais emprego, mas é uma coisa paulatina, não tem nada. […] Parece que as pessoas esperam a grande notícia, o coelho da cartola. Não tem coelho na cartola. Vamos buscar o equilíbrio econômico e fiscal, criando as trilhas para a retomada do crescimento", acrescentou.

Segundo Wagner, embora o encontro com Temer tenha durado cerca de duas horas, não havia pauta definida. Ele afirmou que foi uma conversa de "início de ano". Ao fazer uma avaliação do cenário político entre o fim de 2015 e o começo de 2016, o chefe da Casa Civil disse que o ano terminou melhor do que "muita gente esperava".

Integrante da coordenação política do governo, o ministro foi perguntado por jornalistas sobre se a "divisão" na bancada do PMDB na Câmara – no fim de 2015, o então líder do partido Leonardo Picciani (RJ) foi destituído do cargo e Leonardo Quintão (MG) assumiu seu lugar. Dias depois, Picciani retomou o cargo com o apoio da maior parte da bancada.

"No meu partido [PT], também tem dois ou três candidatos. Isso, para mim, é uma questão da bancada do PMDB e eu espero que as disputas legítimas não caracterizem uma briga interna dentro do PMDB. Dentro de todos os partidos têm pessoas mais próximas e outras nem tão próximas do governo, mas a gente vai trabalhar com o conceito de partido para ter a base mais consolidada e mais compactada", declarou.,

'Harmonia’
Assim como Temer fez nesta terça (5), quando disse esperar que 2016 seja um ano de “muita harmonia” no mundo político, Jaques Wagner disse nesta quarta que, na conversa com o vice-presidente, eles discutiram “tudo”, incluindo a expectativa “positiva” para o ano que se inicia, com “harmonia e calma”.

“Eu acho que a sociedade brasileira espera que a classe política brigue um pouco menos para sobrar espaço para cuidar do principal que é a economia e a geração de emprego e a retomada da prosperidade”, disse.

Perguntado sobre o processo de impeachment que a presidente Dilma Rousseff enfrenta na Câmara dos Deputados, Wagner avaliou que o processo perdeu força. Ele voltou a defender que haja uma definição sobre o assunto “o mais rápido possível”.

“Esta não é uma agenda nossa. É uma agenda que está na Câmara. Eu reconheço que perdeu força, mas o bom é que ele termine definitivamente e só termina com a votação na Câmara, que eu acho que a gente vai derrotá-lo”, completou.

Fonte: G1

Redação

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