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Operação desarticula ‘máfia’ de táxis piratas em Niterói, RJ

Agentes fazem buscas durante operação em Niterói (Foto: Philippe Lima/SESEG/Divulgação)

Dezesseis pessoas tinham sido presas até 9h desta quinta-feira (26) durante uma operação da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança (SSINTE), do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), e Corregedoria Geral Unificada (CGU) com o objetivo de acabar com uma máfia que explora táxis piratas em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. 

Batizada de 'Operação Bandeira Preta, a ação tinha como objetivo cumprir 24 mandados de prisão e 52 de busca e apreensão em Niterói, São Gonçalo e no Rio de Janeiro. As investigações apontam que o grupo foi responsável por 600 táxis piratas no município. O faturamento é estimado, somente com os valores das diárias, em R$ 27 milhões por ano.

Ainda de acordo com as investigações, a quadrilha, conhecida como Máfia do Táxi, atua ao menos desde 2010, com a liderança dos servidores públicos, Roberto Carlos Brito da Costa, o Betinho, e Alexander Soares Schroeder, conhecido como Shrek, do Setor de Transporte Individual da Secretaria Municipal de Transporte, responsável pela fiscalização do serviço de táxi.

Os integrantes utilizavam permissões de táxis que estavam suspensas, principalmente em razão da morte do motorista permissionário, negavam a transferência para a viúva e a revendiam por cerca de R$ 40 mil. A prática era adotada até janeiro de 2010, quando foi assassinado o subsecretário de Transportes de Niterói, Adhemar José Melo Reis.

As investigações apontam ainda que o homicídio foi motivado pela repressão que o subsecretário fazia à quadrilha. A partir de 2013, o esquema criminoso passou a fazer duplicatas de autonomias de táxis. Para participar do esquema era cobrado cerca de R$ 5 mil, além de uma mensalidade de R$ 650, para andar com o veículo adulterado sem ser incomodado pela fiscalização. Aos motoristas que desejavam alugar a autonomia, exigia-se pagamento de diária de R$ 150.

A fraude consistia ainda no encaminhamento de ofícios da Secretaria Municipal de Transporte ao Detran para emplacamento na categoria aluguel, modalidade táxi, e colocação de placas vermelhas. Em um segundo momento, em vez remeter ofício ao Ipem para cadastramento no banco de dados do órgão, inspeção e aferição do taxímetro, a quadrilha promovia a instalação irregular do aparelho, falsificando também o lacre e o selo de aferição do Ipem, fugindo assim do controle do órgão.

Os integrantes da quadrilha foram denunciados pelos crimes de corrupção passiva, receptação, organização criminosa, falsificação de selo e de documento público e adulteração de sinal identificador de veículo automotor.

Como mostrou o Bom Dia Brasil, as autoridades também investigam denúncias de que, dentro de dois dos táxis envolvidos no esquema, teriam acontecido estupros.

Fonte: G1

Redação

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