O dólar ampliava a queda nesta quarta-feira (11), chegando a ser negociado a R$ 3,70 pela primeira vez em dois meses, com o mercado reagindo a rumores de que o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles poderia substituir Joaquim Levy no Ministério da Fazenda.
Às 14h50, a moeda norte-americana caía 0,38%, a R$ 3,7771. Mais cedo, chegou a atingir R$ 3,7057, menor cotação no intradia desde 2 de setembro (R$ 3,6953). Veja a cotação do dólar hoje.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h10, queda de 1,25%, a R4 3,7439.
Às 9h30, queda de 1,58%, a R$ 3,7314.
Às 10h, queda de 1,23%, a R$ 3,745.
Às 10h50, queda de 1,48%, a R$ 3,7352.
Às 11h30, queda de 1,53%, a R$ 3,7335.
Às 11h57, queda de 1,98%, a R$ 3,7163.
Às 12h33, queda de 1,74%, a R$ 3,7254.
Às 13h09, queda de 1,35%, a R$ 3,7404.
Às 14h, queda de 0,78%, a R$ 3,7620.
Às 14h25, queda de 0,54%, a R$ 3,7709.
O mercado reagia positivamente aos rumores de mudança na Fazenda, mas operadores entendem que essa está longe de ser a solução definitiva para os problemas brasileiros. Muitos afirmaram que o viés de queda da moeda norte-americana nesta sessão era acentuado pelo baixo volume de negócios e, nesse sentido, não deve se estender por muito tempo.
"Nada garante que isto materializará o ajuste fiscal necessário. Neste contexto, a reação positiva dos mercados pode durar pouco. No entanto, se os novos nomes conseguirem melhorar o apoio político da equipe econômica, poderemos ver algum ponto de inflexão nos mercados locais", escreveram analistas da Guide Investimentos em nota a clientes, segundo a agência Reuters.
Meirelles comandou o BC durante os dois mandatos de Lula e perseguiu uma política monetária considerada mais ortodoxa, o que costuma agradar aos mercados financeiros. Além disso, investidores consideram que ele teria mais facilidade para dialogar com o Congresso em um momento de intensos atritos entre o Executivo e o Legislativo.
No entanto, operadores ressaltavam que a perspectiva para o Brasil continua bastante difícil e a mudança na equipe econômica, no melhor dos casos, apenas atenuaria esse quadro. Segundo eles, o movimento no mercado local era exagerado pelo baixo volume de negócios, reflexo das profundas incertezas no Brasil.
"A questão do mercado como um todo é a falta de liquidez… O investidor estrangeiro entra vendendo dólar e acaba que o investidor local, já machucado, segue o embalo", disse o especialista de câmbio da corretora Icap, Italo Abucater, à agência Reuters.
Na véspera, o dólar caiu 0,22%, a R$ 3,7915. Na semana, o dólar acumula alta de 0,77% e no mês, queda de 1,85%. No ano, a moeda tem valorização de 42,61%.
Ação do BC
O BC deu continuidade, nesta manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em dezembro. Até agora, a autoridade monetária rolou o equivalente a R$ 4,141 bilhões, ou cerca de 38% do lote total, que corresponde a US$ 10,905 bilhões.
O Banco Central informou nesta quarta que a entrada de recursos na economia brasileira superou a retirada de divisas em US$ 99 milhões no início de outubro, até a última sexta-feira (6). Em outubro, US$ 3,5 bilhões haviam deixado a economia brasileira.
A entrada de recursos no começo de novembro favoreceria, em tese, a queda do dólar. Com mais moeda norte-americana no mercado, seu preço tenderia, teoricamente, a ficar menor.
Fonte: G1