O Ministério Público (MP) em Buri (SP) entrou com um requerimento de cassação do mandato de Bruna de Melo Horvath, eleita ao Conselho Tutelar da cidade após eleições nacionais facultativas de 4 de outubro. Segundo o MP, Bruna comprou votos ao distribuir frango, refrigerante e cerveja a moradores da Vila Nova Esperança antes das eleições.
A candidata, que foi a segunda mais votada com 195 votos, nega as denúncias de que ela e o pai, vereador no município, teriam cometido o ato ilegal. “As acusações, sem provas, são falsas e eu tenho como provar. Já que começaram, eles acharam que eu iria ficar encostada. Mas, como eu quero trabalhar, vou até o fim pelos meus direitos e vou provar minha inocência”, afirma Bruna.
O pedido para cassação foi feito em 9 de outubro e o caso foi encaminhado ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, que vai verificar a denúncia. “Com base nas provas reunidas, entrei com pedido de cassação da candidata indicada pelas testemunhas. É proibido esse tipo de ação fraudulenta, já que a eleição segue regras da Justiça Eleitoral”, explica o promotor Marlon Fernandes.
Eleita para segunda suplente com 99 votos a favor, a estudante Letícia de Fátima Lopes Machado relata que notou irregularidades ao longo da votação. Ela e mais outras sete pessoas foram ouvidas pelo MP sobre a denúncia de fraude. “Havia muita bagunça e pessoas trazendo gente de fora. Tiveram boatos sobre a compra de votos”, revela.
Os cinco candidatos escolhidos na votação vão tomar posse dos cargos em janeiro de 2016. O mandato é de quatro anos e o funcionamento do Conselho Tutelar tem como objetivo a garantia dos direitos de crianças e adolescentes.
Por telefone, o Conselho Tutelar informou que uma comissão foi criada para investigar o caso. O órgão disse que vai chamar as testemunhas para prestar esclarecimentos nos próximos dias.
Fonte: G1