Sentado, Pizzolato no voo de retorno da Itália para o Brasil (Foto: Adriana Zatini/Arquivo pessoal)
O ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato foi entregue pela Polícia Judiciária da Itália, nesta quinta-feira (22), em Milão, à Polícia Federal brasileira. A PF informou no final da tarde que decolou o avião com agentes e Pizzolato a bordo. A chegada ao aeroporto de Guarulhos está prevista para a manhã desta sexta-feira (23).
Condenado no julgamento do mensalão do PT a 12 anos e 7 meses de prisão pelos crimes de formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro, Pizzolato fugiu do Brasil em novembro de 2013 para não ser preso. Na fuga, ele usou documentos do irmão morto, mas foi preso em Maranello, na Itália, em fevereiro do ano passado – Pizzolato tem cidadania italiana. A extradição foi autorizada no mês passado.
Acompanham Pizzolato um delegado, dois agentes e uma médica. Depois que desembarcar em Guarulhos, o grupo pegará um avião da Polícia Federal para Brasília, onde Pizzolato ficará preso, no presídio da Papuda.
Henrique Pizzolato deixou a penitenciária de Sant'Anna de Modena, no norte da Itália, no início da manhã desta quinta-feira (22). Ele foi levado pela polícia italiana até o aeroporto de Milão, onde foi entregue às autoridades brasileiras.
Após deixar o presídio italiano escoltado pela polícia da Itália, Pizzolato seguiu em uma van até o aeroporto de Malpensa, em Milão. O trajeto entre a penitenciária e o aeroporto tem cerca de 164 km.
Ao chegar a Guarulhos, o ex-diretor do BB será conduzido para uma delegacia da Polícia Federal no aeroporto, onde será algemado.
Logo depois, a previsão é de que embarque em um avião da PF com destino a Brasília. Ao desembarcar na capital federal, Pizzolato será levado para o Instituto Médico Legal (IML), onde fará exame de corpo de delito.
Depois do exame, seguirá em carro da PF para o Centro de Detenção Provisória (CDP) no Complexo da Papuda, onde, em princípio, cumprirá a pena.
Transferência
A defesa de Pizzolato, no entanto, poderá pedir a transferência dele para um de dois presídios de Santa Catarina, onde tem familiares – em Curitibanos ou Itajaí.
Todas as unidades foram vistoriadas pela Procuradoria Geral da República, que garantiu às autoridades italianas terem condições de alojar o ex-diretor do BB sem risco à sua integridade física e moral.
Fonte: G1