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Fundos de investimento compram bairro de Manhattan

A vista de Manhattan do 105° andar do One World Trade Center (Foto: Mark Lennihan / AP Photo)

O fundo de investimentos americano Blackstone e a filial imobiliária da Caixa de Poupança de Quebec adquiriram um bairro em Manhattan, por US$ 5,3 bilhões, com o compromisso de limitar os preços dos aluguéis.

A operação, cujo valor foi confirmado nesta terça-feira à AFP por fontes concordantes, envolve Stuyvesant Town e Peter Cooper Village, dois imensos conjuntos residenciais construídos lado a lado no sudeste de Manhattan após a Segunda Guerra Mundial e inaugurados em 1947.

O lote adquirido pelos dois investidores tem 56 prédios e 11.200 apartamentos, segundo as mesmas fontes.

Este projeto iniciado pelo urbanista Robert Moses, que modernizou Nova York, estava inicialmente destinado a ex-combatentes, mas seu propósito final foi oferecer apartamentos à classe média a preços acessíveis.

A Blackstone terá 51% do negócio e a Ivanhoé Cambridge, filial da Caixa de Quebec, 49%, segundo uma fonte ligada à operação.

As duas empresas se comprometeram a fixar limites para os preços do aluguel de 5 mil apartamentos em Stuyvesant Town, ao menos até 2035, e para 1.400 apartamentos em Peter Cooper Village, até 2025.

O aluguel de apartamentos em Stuyvesant Town, atualmente abaixo dos preços de mercado, se manterá em um nível acessível para as famílias de classe média, informou a prefeitura de Nova York.

O acordo "garantirá que (Stuyvesant Town) permaneça como um conjunto residencial de enfermeiras, professores e famílias de trabalhadores", destacou a prefeitura.

O preço do negócio é ligeiramente inferior aos US$ 5,4 bilhões pagos em novembro de 2006 pela imobiliária Tishman Speyer e pelo fundo de investimentos BlackRock, na maior transação residencial da história dos Estados Unidos.

A operação, realizada no auge da especulação imobiliária e semanas antes da crise dos "subprime", naufragou em janeiro de 2010, quando os dois compradores não puderam honrar um empréstimo de US$ 3 bilhões e os credores assumiram o controle do complexo, desde então administrado pela CWCapital.

Fonte: G1

Redação

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