Economia

Em 3 anos, bancos sobem tarifas 8,6 vezes acima da inflação

As tarifas cobradas pelos oito maiores bancos do país subiram 169% desde janeiro de 2013 – um aumento até 8,6 vezes maior que a inflação do período, constatou uma pesquisa feita pela Proteste Associação de consumidores. A inflação acumulada no período até agosto de 2015 foi de 19,63%.
O levantamento comparou as tarifas informadas nas tabelas das instituições bancárias. A entidade avaliou as tarifas dos seguintes bancos: Banco do Brasil, Banrisul, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Citibank, HSBC, Itaú e Santander.

O maior aumento encontrado foi na cesta Exclusive Fácil (antiga Conta Fácil Bradesco Super) do banco Bradesco, que em 2013 custava R$ 23 mensais, em 2014 R$ 27,40 e agora no mês de outubro, passará para R$ 61,90 por mês. Ao longo do ano, o consumidor terá um custo anual de R$ 742,80 – desembolso R$ 466,80 maior por ano em relação a 2013.

No levantamento, foram encontrados pacotes de serviços com valores de até R$ 74 mensais, como o cobrado pelo Santander na cesta de serviço Van Gogh Max, que em um ano soma R$ 888.

Veja abaixo dicas da Proteste ao contratar serviços bancários:

– Segundo a Proteste, os bancos têm obrigação de divulgar o valor de todas as tarifas e taxas cobradas, além de deixar claro quais serviços estão inclusos nos pacotes oferecidos.

– Não existe a obrigação de contratar um pacote de serviços ao abrir uma conta e alguns serviços devem ser obrigatoriamente disponibilizados para o consumidor que possui conta corrente sem qualquer cobrança de tarifas.

– Os serviços essenciais gratuitos, garantidos pelo Banco Central, são limitados a: cartão de débito, 10 folhas de cheques por mês, segunda via do cartão de débito, até quatro saques por mês, consultas pela internet, duas transferências por mês entre contas na própria instituição e compensação de cheque.

– De acordo com a Proteste, se o pedido por um serviço essencial não for atendido pelo banco, o ideal é reclamar à ouvidoria do banco e denunciar ao Banco Central e à Proteste.

– A entidade reforça que outra maneira de ficar livre das tarifas é contratar uma conta digital, com uso restrito à internet e ao caixa eletrônico. No caso de contato via telefone ou agência, há cobrança de taxa. Dentre os bancos avaliados, apenas o Banco do Brasil, Bradesco e Itaú possuem essa modalidade, diz a Proteste.

– Para saber qual a melhor opção de conta corrente é preciso mais do que escolher o menor preço. Pagando pelos pacotes mais caros, é possível fazer uma grande quantidade de transações e em alguns casos a quantidade é ilimitada. Se o consumidor não faz muitas transações bancárias, este tipo de pacote pode não ser um bom negócio.

– Em alguns casos, sequer vale a pena aderir a um pacote de serviços, se o consumidor não fizer transações com tanta regularidade. E se necessitar de algum serviço que não está dentro da lista dos serviços gratuitos, é só pagar pelo excedente de cada transação.

Fonte: G1

Redação

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