Economia

Dólar opera em alta e chega a R$ 4,24

O dólar volta a operar em alta nesta quinta-feira (24), e passa a marca dos R$ 4,24, renovando a maior cotação da história da moeda frente ao real.
Às 12h40, o dólar tinha alta de 1,2%, a R$ 4,1961.

Veja a cotação ao longo do dia:
Às 9h20, alta de 1,39%, a R$ 4,2038
Às 9h30, alta de 1,62%, a R$ 4,2134
Às 9h40, alta de 1,46%, a R$ 4,2067
Às 9h50, alta de 1,47%, a R$ 4,2071
Às 10h, alta de 1,7%, a R$ 4,2165
Às 10h10, alta de 1,97%, a R$ 4,2279
Às 10h20, alta de 2,16%, a R$ 4,2356
Às 10h30, alta de 2,45%, a R$ 4,2479
Às 10h40, alta de 2,03%, a R$ 4,2306
Às 10h50, alta de 1,89%, a R$ 4,2245
Às 10h59, alta de 1,86%, a R$ 4,2233
Às 11h10, alta de 0,3%, a R$ 4,1586
Às 11h20, alta de 0,87%, a R$ 4,1821
As 11h30, alta de 0,99%, a R$ 4,1874
Às 12h, alta de 1,5%, a R$ 4,2086
Às 12h20, alta de 1,38%, a R$ 4,2036

A moeda sobe ainda pressionada por preocupações com a política e a economia local, apesar do reforço na intervenção do Banco Central. Mas a alta perdeu força depois de declarações do presidente do BC, Alexandre Tombini, que sugeriu que poderão ser feito leilões de dólares no mercado à vista.
Entenda: swap cambial, leilão de linha e venda direta de dólares

"Estamos em uma sinuca de bico. Recessão com inflação é uma espiral perigosa e, se não sairmos rapidamente disso, pode ser desastroso. E as chances de isso acontecer são cada vez menores, principalmente com a política como está", disse à Reuters o operador de uma corretora nacional.

Operadores relutavam em estimar até que ponto o dólar deve subir, mas é unânime a percepção de que deve continuar pressionada. O dólar subiu nos cinco dias anteriores, acumulando 8,14%.

Nesta sessão, o avanço do dólar em relação às principais moedas emergentes, como os pesos chileno e mexicano, também pesava sobre o mercado local.

Intervenções
Nesta quinta, o BC faz um leilão de até 20 mil novos swaps cambiais, (títulos que equivalem a venda futura de dólares, e que servem como proteção contra a alta da moeda), com vencimento em 1º de setembro de 2016.

Também nesta quinta, o BC dá continuidade à rolagem (troca dos títulos que vão vencer por títulos novos, para evitar retirar esses recursos do mercado) dos swaps cambiais que vencem em outubro, com oferta de até 9,45 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares.

Uma fonte da equipe econômica afirmou à Reuters na véspera que fazer leilões de dólares no mercado à vista é uma estratégia que não está na mesa neste momento. A notícia ajudou o dólar futuro a ampliar o avanço após o fechamento do mercado à vista e, por isso, o derivativo tinha avanço menor nesta sessão.

O mercado entende que, de fato, não há grande necessidade de leilões no mercado à vista, uma vez que o Brasil tem registrado entradas de divisas. No entanto, alguns operadores já levantavam a possibilidade de esse cenário mudar no curto prazo, se o Brasil perder o grau de investimento com outras agências de classificação de risco além da Standard & Poor's.

"O mercado está apostando em uma saída de capitais e em mais rebaixamento", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

Recordes
O dólar ultrapassou a cotação de R$ 4 pela primeira vez na história esta semana, por preocupações com o ajuste fiscal no Brasil e com a possibilidade do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, elevar a taxa de juros do país. Se isso acontecer, os EUA se tornam mais atrativos aos investimentos, e pode haver uma forte saída de dólares do Brasil – seguindo o princípio da oferta e da procura, quanto menos dólares à disposição, mais caros eles ficam.

Na quarta-feira, o dólar voltou a bater recordes, e fechou a R$ 4,1464, em alta de 2,28%. Foi o maior avanço diário em três semanas. Na semana e no mês, o dólar acumula alta de 4,75% e 14,31%, respectivamente. Em cinco sessões, o avanço foi de 8,14%. No ano, a moeda já subiu 55,94%.

Fonte: G1

Redação

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