Nesta segunda-feira (15) a desembargadora Serly Marcondes Alves, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), acatou o pedido do Banco Votorantim e suspendeu provisoriamente os efeitos da “blindagem” concedidos ao empresário José Pupin e à sua esposa, Vera Lúcia Camargo Pupin, como pessoas físicas. A ação é de Recuperação Judicial do Grupo JPupin e dava privilégios para os donos da empresa.
A decisão da magistrada faz com que o casal de empresários esteja desprotegidos pela justiça, ou seja, eles continuarão a receber cobranças dos credores e seus nomes podem ser encaminhados aos órgãos de proteção ao crédito.
A nova determinação de Serly pede ainda que o processamento da recuperação judicial em favor do casal seja suspenso. Contudo o grupo que é composto pelas empresas Armazéns Gerais Marabá Ltda., Marabá Agroindustrial e Nutrição Animal Ltda., JPupin Indústria de Óleos Ltda., JPupin Reflorestamento Ltda., Marabá Construções Ltda. e Cotton Brasil Agricultura Ltda, continuam sob blindagem.
A crise chegou para o ‘rei do algodão’
Com dividas que se aproximam ao montante de R$ 1 bilhão, o Grupo Pupin ajuizou no dia 28 de agosto o pedido de Recuperação Judicial (RJ), na Comarca de Campo Verde (MT). O empresário José Pupin, já considerado o “Rei do Algodão”, chegou a negar o quadro de crise, afirmando que sua empresa não usaria este recurso judicial, para honrar suas obrigações com os credores.
No mês de julho, a situação chegou a ser relatada pelo jornal Valor Econômico, que noticiou quem a JPupin, em Mato Grosso, estava na ‘berlinda’ .
Com dívidas a R$ 1 bilhão, Pupin, também forte no cultivo da pluma, contratou a KPMG para assessorá-la na reestruturação desse passivo. Conforme apurado e divulgado pelo Valor, o produtor já havia colocado à venda praticamente metade de suas terras para saldar as dívidas.
‘Rei do Algodão’ entra com pedido de recuperação judicial
Acatada decisão de recuperação judicial do grupo JPupin
Recuperação Judicial da JPupin chega a R$ 898 milhões