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Tráfico pode ter motivado morte de jovem desaparecida há três anos

O Envolvimento com o tráfico de drogas pode ter motivado o assassinato da jovem J. G. M., de 19 anos, desaparecida no dia 29 de março de 2012, no Bairro Altos da Glória, em Cuiabá. Na manhã desta segunda-feira (07), a Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP) conseguiu localizar a ossada da jovem, em uma região próxima ao Aterro Sanitário da capital, no bairro Barreiro Branco.

A hipótese investigada pela Polícia Civil foi reforçada após depoimento da mãe da moça, na manhã desta terça-feira (08), na DHPP.  Segundo a delegada Anaíde Barros, a mãe contou que no dia do sumiço da filha, ela teria dito que iria "resolver um problema dela" e que desconfiava que a filha estava envolvida com drogas.

A mãe também reconheceu as vestes da filha, encontrada na área junto com os ossos. O top é o mesmo que a vítima aparece em uma fotografia no Facebook.

Os ossos da moça foram encontrados na área indicada pelo autor do assassinato, Cleiton José da Silva, que confessou ter discutido com a vítima na localidade e a empurrou, quando ela caiu e bateu a cabeça em uma pedra. Mas para a Polícia, possivelmente,  a vítima foi asfixiada e emburrada no barranco.  

O suspeito estava preso no presídio do município de Barreiras, no Estado da Bahia, e foi recambiando para Cuiabá. Ele foi interrogado pela delegada Anaide Barros e confessou que tinha relacionamento com a moça e a matou depois de ela disse que iria "armar uma casinha pra ele", que no jargão policial significa ameaça de morte ou denunciá-lo, já que é traficante. 

Por meio da quebra do sigilo telefônico da vítima, foi possível identificar que a última ligação efetuada foi para acusado, que usava o nome falso de Cleiton Jesus Silva. "Quando localizamos ele descobrimos que estava preso em Nova Mutum e logo houve a fuga", disse a delegada Anaide Barros.

O autor é traficante e foragido da Cadeia de Nova Mutum no dia 5 de fevereiro de 2015, quando vários presos fugiram da unidade prisional depois que agentes prisionais foram dopados por duas mulheres a mando de presidiários da cadeia. Após a fuga foi para o estado da Bahia e acabou preso por uso de documento falso.

O acusado tem mandado de prisão pela fuga da Cadeia de Nova Mutum e terá a prisão preventiva representada pelo homicídio da garota, em Cuiabá.

O caso é investigado pelo delegado Luciano Inácio da Silva, que instaurou inquérito policial pelo crime de homícidio, depois de indícios que o desaparecimento da jovem se tratava de assassinato. Foi a equipe do delegado quem recambiou o preso da Bahia até Cuiabá.

Com assessoria

Redação

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