Política

Riva alega ‘mau entendido’ após descumprir medida cautelar

Ahmad Jarrah

O ex-deputado José Geraldo Riva (PSD) alegou que houve um mau entendido para justificar sua falta na 7ª Vara Criminal de Cuiabá, o último dia 24 de julho. O ex-parlamentar que é alvo de investigações, da ação deflagrada a partir da Operação Imperador, precisa comparecer mensalmente ao Fórum para prestar esclarecimentos de suas atividades. Nesta segunda-feira (17) a justificativa foi anexada ao processo que corre na justiça.

A Juíza Selma Arruda, responsável pelo caso, chegou a enviar oficio, no dia 13 de agosto, dizendo que a falta injustificada do réu poderia leva-lo novamente a prisão. A magistrada deu o prazo de cinco dias para que os advogados de Riva explicassem a ausência do seu cliente.

A defesa protocolou a explicação e disse que Riva irá comparecer regulamente ao Fórum todos os dias 24 de cada mês. “O  réu deixou de comparecer em juizo porque houve um mau entendido da parte do mesmo, pois não haveria razão dessa ausência se não fosse por isso. E se compromete comparecer mensalmente todos os dias 24 de cada mesmo, para declarar suas atividades e confirmar o endereço”, disse trecho da justificativa.

Apesar de estar livre José Riva ainda possui medidas cautelares impostas pela justiça de Mato Grosso. “O descumprimento da medida cautelar imposta na decisão fls. 13.715/13.717 (comparecimento mensal em juízo todo o dia 24 de cada mês, para informar e justificar suas atividades), da qual foi advertido na audiência realizada em 24/06/2015 (fls. 13.721/13.722), sob pena de revogação da medida e reestabelecimento da prisão em cárcere”, diz trecho da decisão.

Riva foi notificado na segunda (10) e tinha até amanhã (18) para enviar a justificativa. 

Outro lado

Os advogados do réu não atenderam aos telefonemas da redação do Circuito Mato Grosso até a publicação desta matéria.

Desvios na AL

O Grupo Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) desvendou o esquema de desvio de dinheiro público na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. O ex-deputado Jose Riva (PSD), que deteve mandato por 20 anos, chegando a ocupar os cargos de secretário e presidente do parlamento, é apontado como líder da organização que teria desviado mais de R$ 60 milhões dos cofres públicos com falsas aquisições envolvendo cinco empresas do ramo de papelaria, todas de “fachada”.

Consta na denúncia, que a organização criminosa fraudou, nos últimos anos, a execução de contratos licitatórios na modalidade carta convite, pregão presencial e concorrência pública, visando a aquisição simulada de material de expediente, de consumo e artigos de informática. Durante as investigações, foi constatado que os materiais adquiridos não foram entregues, embora servidores tenham atestado as notas de recebimento e a Assembleia Legislativa tenha efetuado os pagamentos.

 

Ulisses Lalio

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